Com as indefini��es que rondam a economia brasileira em 2015, a Usiminas se prepara para mais um ano de estrat�gia focada na redu��o de custos internos, em investimentos destinados a melhorias operacionais e na venda do excedente de energia de gera��o pr�pria, que ajudou a companhia a lucrar R$ 208 milh�es em 2014, embora agora convivendo com pre�os mais baixos do insumo. No cen�rio nebuloso em que a ind�stria sider�rgica terminou 2014 – o setor estima queda de 13% do consumo de a�o no mercado interno de outubro a novembro –, a companhia mineira espera tamb�m ganhar mercado na concorr�ncia com o a�o importado, que tende a ficar mais caro, diante da valoriza��o do d�lar frente ao real.
As aten��es continuar�o voltadas para o mercado brasileiro, sem que a empresa perca oportunidades de se beneficiar do c�mbio favor�vel nas exporta��es, afirmou, ontem, o presidente da Usiminas, R�mel Erwin de Souza. “O que a gente busca � ter os diferenciais de produtos com conte�do tecnol�gico, da assist�ncia t�cnica e do suporte oferecidos aos clientes, inclusive no desenvolvimento de solu��es de que eles necessitarem”, afirmou. Na avalia��o do executivo, nomeado no ano passado para ocupar o cargo at� que os s�cios em conflito judicial, Nippon Steel e Ternium, escolham a nova diretoria, � isso que explica a queda inferior das vendas da empresa mineira no mercado brasileiro, de 5,5% no quarto trimestre, frente ao per�odo de julho a setembro, em rela��o � m�dia nacional.
O desafio da Usiminas se d� com a perspectiva de nova queda de consumo de a�o no mercado dom�stico. No consolidado do ano passado, as vendas tiveram queda de 11% no comparativo com 2013, passando de 6,2 milh�es para 5,5 milh�es de toneladas, menor patamar desde 2009. Nas exporta��es, no entanto, a tend�ncia � de ganhos. Em 2014, os embarques da sider�rgica ao exterior representaram 17% do volume total de vendas, enquanto em 2013 haviam sido de 13%. Al�m disso, os dois fatores devem resultar em queda da importa��o de a�o. Proje��es feitas pela companhia indicam que, neste ano, a penetra��o dos importados deve ficar entre 10% e 15%, ao passo em que no ano anterior fechou em 22%.
Em 2014, o lucro antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o (Ebitda) da empresa mineira foi de R$ 1,86 bilh�o. A venda de energia excedente respondeu por R$ 379 milh�es, representando 20,3% do total. O mesmo cen�rio dificilmente ir� se repetir neste ano, segundo o presidente da Usiminas. Isso porque o teto fixado para o pre�o da energia negociada no mercado � vista est� em R$ 388 por megawatt em vez dos R$ 822 anteriores, o que limita os ganhos da companhia.
“Se ocorrer, vai ser de forma marginal. Em 2014, tivemos a venda de energia por causa do pre�o. Com a energia nesses pre�os atuais, n�o � atrativo”, afirma R�mel. Mesmo com o cen�rio pouco favor�vel, as cota��es das a��es preferenciais da Usiminas (USIM5) encerram o preg�o da Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) com a maior alta de ontem. Os pap�is tiveram valoriza��o de 7,69%. Por outro lado, as ordin�rias tiveram queda de 3,07%.
A pol�tica de redu��o de custos, sem comprometer o desempenho operacional, permanece em 2015. O desembolso no ano passado com as despesas gerais e administrativas da Usiminas somou R$ 502 milh�es, ante R$ 568 milh�es em 2013. De acordo com o presidente da companhia, em valores corrigidos pela infla��o nos �ltimos quatro anos, a redu��o do gasto alcan�ou cerca de 20%.
Publicidade
IND�STRIA SIDER�RGICA
Usiminas se apoia em d�lar mais alto
Empresa busca retomar mercado na disputa com concorrentes estrangeiros e manter� estrat�gia de redu��o dos custos em 2015
Publicidade
