O rebaixamento da nota de cr�dito da Petrobras pela ag�ncia Moodys caiu como um balde de �gua fria na equipe econ�mica do governo Dilma Rousseff. O grupo, formado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Babosa, al�m do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem se esfor�ando desde o fim do ano passado para melhorar o quadro das contas p�blicas brasileiras, aumentando a transpar�ncia e melhorando a comunica��o com o mercado. Mas na noite desta ter�a-feira, 24, o que havia era uma sensa��o de que o rebaixamento da estatal acabasse "contaminando" a nota de cr�dito dos t�tulos brasileiros.
Ap�s o an�ncio, foi definido que o melhor era discutir alternativas para evitar este eventual cont�gio. Nesta quarta-feira, 25, os ministros da equipe econ�mica devem se reunir com a presidente Dilma para fazer uma avalia��o da perda do grau de investimento da Petrobras e definir uma estrat�gia de trabalho.
Para os pr�ximos dias, o governo prepara medidas fiscais, como a unifica��o e simplifica��o do PIS e da Cofins, e tamb�m um corte profundo de despesas federais no Or�amento. As medidas s�o esperadas pelas ag�ncias de rating e pelo mercado para melhorar o quadro fiscal do governo federal e tamb�m o ambiente de neg�cios no Pa�s, que est� h� quatro anos consecutivos com crescimento muito fraco da economia.
No Congresso Nacional, deputados e senadores foram surpreendidos pela not�cia em meio � sess�o do Congresso para aprecia��o dos vetos presidenciais. A oposi��o disse que a petroleira havia chegado ao fundo do po�o, enquanto a base disse acreditar em sua recupera��o.
"Mais um elemento da trag�dia que o PT promoveu em instalar uma cadeia para roubar a Petrobras", declarou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Para o tucano, o rebaixamento � reflexo da "profundidade do buraco em que jogaram" a estatal.
Assim como Aloysio Nunes, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) avaliou que a decis�o da Moody's tamb�m ter� consequ�ncias sobre as empresas ligadas � Petrobras e todos os seus investimentos. "N�o � de se espantar a situa��o da Petrobras. Isso tem causado preocupa��o a todos os brasileiros. S� posso lamentar", declarou Anastasia.
O senador e ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lob�o (PMDB-MA), acredita que a dificuldade enfrentada pela Petrobras n�o � t�o grande a ponto de perder o grau de investimento. "Esse � mais um sofrimento que passa a Petrobras. � uma tempestade que a Petrobras est� enfrentando e ela ser� vencida", concluiu o ex-ministro.
O l�der do governo na C�mara dos Deputados, Jos� Guimar�es (PT-CE), disse que j� esperava pelo rebaixamento em virtude do cen�rio que tomou conta da estatal. Para o l�der, o que est� em jogo n�o � o combate � corrup��o, mas o projeto da oposi��o de mudar o modelo de partilha do pr�-sal e entreg�-lo �s grandes petrol�feras estrangeiras.
O petista afirma que o novo presidente da empresa, Aldemir Bendine, vai recuperar a credibilidade da maior estatal brasileira e que o rebaixamento n�o prejudicar� a recupera��o da empresa. "A Petrobras � t�o forte que vai sobreviver a tudo isso", previu.
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Governo teme que rebaixamento da Petrobras contamine nota de cr�dito do Brasil
Moody's cortou nota e estatal perdeu selo de bom investimento
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