Presidente Prudente, 26 - A greve dos caminhoneiros afetou o abastecimento de frutas, verduras e legumes em Presidente Prudente, no oeste do Estado de S�o Paulo. Os estoques na Ceagesp tiveram uma queda acentuada e verdura, como a acelga, acabou. "O volume de entrada de mercadorias teve uma redu��o de 30% no geral em rela��o aos dias normais", explicou Anderson Martins Peres, de 38 anos, gerente da Companhia de Entrepostos e Armaz�ns Gerais de S�o Paulo (Ceagesp).
A situa��o pode piorar se n�o houver reposi��o nos pr�ximos dias. "Se n�o repor (estoques) at� o fim da semana, tende a faltar produtos", avisou o gerente, acrescentando que "a produ��o regional n�o supre o entreposto". Cerca de 80% das mercadorias v�m do Sul do Pa�s, principalmente do Norte do Paran�.
Al�m de verduras e legumes, h� risco de desabastecimento de frutas, como ma��, melancia e pera. Na madrugada desta quinta-feira, 26, chegaram sete caminh�es do Sul do Pa�s. "Isso � suficiente para repor o estoque por apenas dois dias. Amanh� (sexta-feira) j� acaba, pois al�m de Prudente, a Ceagesp tamb�m atende outros munic�pios da regi�o", completou Peres.
Tr�s rodovias ocupadas
Pelo terceiro dia seguido, caminhoneiros voltaram a bloquear as Rodovias Comandante Jo�o Ribeiro de Barros (SP-294) e Assis Chateaubriand (SP-425). Mais de cem caminh�es est�o parados em Parapu�, Pacaembu e no entroncamento das duas estradas. "O motorista que se aproxima � convidado a aderir e, se recusar, ele volta", resumiu o cabo Ev�rton, da Pol�cia Rodovi�ria de Presidente Prudente.
J� na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Palmital, o protesto come�ou com 150 caminhoneiros por volta das 8h. "Logo depois o n�mero passou de 200", explicou o cabo Marcos Gon�alves Gomes, de 40 anos, da Pol�cia Rodovi�ria de Assis. � o segundo dia de protesto e a extens�o � de tr�s km.
Caminh�es e carretas bloqueiam o acostamento e a faixa da direita nos dois sentidos. "� uma extens�o de dois quil�metros e o tr�nsito est� lento", finalizou o vigilante rodovi�rio.
Acordo
Governo e caminhoneiros chegaram a um acordo, assinado na madrugada desta quinta-feira, 26, por grevistas e ministros do governo Dilma Rousseff, para acabar com os bloqueios nas estradas. A proposta foi fechada depois de tr�s rodadas de negocia��o. Entretanto, o Comando Nacional do Transporte, entidade que diz tamb�m representar os caminhoneiros, postou um v�deo no Facebook em que diz n�o ter havido acordo. "Vamos continuar mobilizados", disse o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt, que articula a paralisa��o por um grupo no Whatsapp. Ele alerta que, a partir de agora, carros tamb�m ser�o bloqueados nas rodovias. Segundo boletim da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), divulgado no in�cio da manh� desta quinta, 81 rodovias ainda estavam interditadas em seis Estados.