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Estado de Minas

Brasil est� em atoleiro, diz Economist em manchete de capa

A Economist diz em editorial que, durante a campanha, Dilma Rousseff "pintou um quadro rosa" sobre o Brasil: "Apenas dois meses do novo mandato, os brasileiros est�o percebendo que foi vendida uma falsa promessa"


postado em 26/02/2015 13:19 / atualizado em 26/02/2015 14:37

A revista The Economist volta a dedicar a capa para o Brasil. Na edi��o latino-americana que chega �s bancas, uma passista de escola de samba est� em um p�ntano coberta de gosma verde com o t�tulo "O atoleiro do Brasil". Em editorial, a revista diz que a antiga estrela da Am�rica Latina "est� na maior bagun�a desde o come�o dos anos 1990". A capa da edi��o da Economist para o restante do mundo n�o tem o Pa�s como tema principal e d� destaque a outro assunto: o avan�o dos telefones celulares.

(foto: Reprodução The Economist)
(foto: Reprodu��o The Economist)


A Economist diz em editorial que, durante a campanha, Dilma Rousseff "pintou um quadro rosa" sobre o Brasil e a campanha teve o discurso de que conquistas como o emprego, aumento da renda e benef�cios sociais seriam amea�ados pela "oposi��o neoliberal". "Apenas dois meses do novo mandato, os brasileiros est�o percebendo que foi vendida uma falsa promessa".

Para a revista, "a economia do Brasil est� em uma bagun�a, com problemas muito maiores do que o governo admite ou investidores parecem perceber". Al�m da amea�a de recess�o e da alta infla��o, a revista cita como grandes problemas o fraco investimento, o esc�ndalo de corrup��o na Petrobras e a desvaloriza��o cambial que aumenta a d�vida externa em real das empresas brasileiras.

"Escapar desse atoleiro seria dif�cil mesmo para uma grande lideran�a pol�tica. Dilma, no entanto, � fraca. Ela ganhou a elei��o por pequena margem e sua base pol�tica est� se desintegrando", diz a revista.

A Economist nota que boa parte dos problemas brasileiros foram gerados pelo pr�prio governo que adotou uma estrat�gia de "capitalismo de Estado" no primeiro mandato. Isso gerou fracos resultados nas contas p�blicas e minou a pol�tica industrial e a competitividade, diz o editorial. A revista cita que Dilma Rousseff reconheceu parte desses erros ao convidar Joaquim Levy para o Minist�rio da Fazenda. "No entanto, o fracasso do Brasil em lidar rapidamente com distor��es macroecon�micas deixou o senhor Levy com uma armadilha de recess�o".

Entre as medidas para que o Brasil retome o caminho do crescimento sustentado, a revista diz que "pode ser muito esperar uma reforma das arcaicas leis trabalhistas". "Mas ela deve pelo menos tentar simplificar os impostos e reduzir a burocracia sem sentido", diz o texto, ao citar que h� sinais de que o Brasil pode se abrir mais ao com�rcio exterior.

O editorial termina com a lembran�a de que o Brasil n�o � o �nico dos BRICS em apuros e a R�ssia est� em situa��o pior ainda. "Mesmo com todos os seus problemas, o Brasil n�o est� em uma confus�o t�o grande como a R�ssia. O Brasil tem um grande e diversificado setor privado e institui��es democr�ticas robustas. Mas seus problemas podem ir mais fundo do que muitos imaginam. O tempo para reagir � agora".


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