Ind�stria de higiene e beleza se antecipa ao IPI e eleva pre�os

S�o Paulo, 05 - As ind�strias de higiene e beleza t�m sentido a necessidade de corrigir para cima as tabelas de pre�o no mercado, uma antecipa��o � entrada em vigor em maio da cobran�a de IPI para as distribuidoras do setor. Em entrevista ao

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, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosm�ticos (Abihpec), Jo�o Carlos Basilio, afirma que j� h� necessidade de ajustar pre�os nas vendas ao varejo, ainda que o setor esteja negociando em Bras�lia uma revers�o da medida.

Segundo os c�lculos apresentados em reuni�o na Receita Federal em janeiro, a decis�o do governo de passar a cobrar IPI no atacado do setor de cosm�ticos provocar� um aumento real dos pre�os ao consumidor de 12%, em m�dia, e uma queda nas vendas dos produtos atingidos de 17% a 18%.

O aumento de carga tribut�ria vem num momento em que as companhias tamb�m lidam com alta de custos vinda do impacto do c�mbio em insumos importados. Em algumas linhas que dependem mais de importa��o, como algumas categorias de fragr�ncias e maquiagem, Bas�lio estima que o c�mbio e os impostos levariam a uma necessidade de alta ainda maior. "N�o tem como negar que isso impacta o bolso do consumidor", ponderou.

Diante da nova realidade, a Abihpec considera que existe a possibilidade de o consumidor brasileiro passar a dar prefer�ncia por produtos de marcas mais baratas. De acordo com Bas�lio, por�m, ainda n�o � poss�vel determinar que as empresas est�o apostando no chamado "trade down". Para ele, � esperado que a desvaloriza��o do real tenha seu lado positivo: reduz as compras dos brasileiros no exterior, um tipo de consumo que rivaliza com a compra dos produtos "premium" brasileiros.

A necessidade de planejar os repasses de pre�o com anteced�ncia existe tanto para ind�strias que lidam com varejistas terceiros quanto na venda direta, onde � preciso elaborar cat�logos dos produtos, diz Bas�lio.

Durante teleconfer�ncia com analistas e investidores, a Natura j� informou que vai reajustar em 3,7% sua tabela de pre�os na metade do primeiro semestre, e ainda est� avaliando como vai reagir ao aumento do IPI para algumas categorias de produtos. "Estamos estudando o cen�rio competitivo dos segmentos atingidos, levando em considera��o a maior competitividade e o cen�rio para o c�mbio", disse, na ocasi�o, o presidente da companhia, Roberto Lima.