S�o Paulo, 09 - O governo federal e o governo do Estado de S�o Paulo analisam a possibilidade de realizar novos leil�es de energia, com o objetivo de viabilizar a constru��o de novas usinas de gera��o. Em ambos os casos, o foco seria o atendimento da energia no chamado hor�rio de ponta de consumo, preocupa��o que foi refor�ada desde o apag�o que atingiu Estados das regi�es Sudeste, Centro-Oeste e Sul em 19 de janeiro passado.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o governo analisa a possibilidade de realizar um terceiro leil�o ainda este ano, uma licita��o espec�fica para a ponta de carga. Os outros dois leil�es s�o o A-3 e o A-5, com fornecimento previsto em um prazo de tr�s e cinco anos, respectivamente.
A proposta deste novo leil�o � estimular a gera��o pr�xima ao centro de carga, ou seja, �s regi�es de maior consumo no Pa�s, tamb�m conhecida como gera��o distribu�da. "Com isso podemos entrar direto (com a energia) na rede de distribui��o. Seria 'glicose na veia' em horas em que precisamos de energia", afirmou Braga, que participou nesta segunda-feira, 19, do 11� Congresso Brasileiro da Constru��o, promovido pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), na capital paulista.
O secret�rio de Energia de S�o Paulo, Jo�o Carlos de Souza Meirelles, presente no mesmo evento, afirmou que o governo estadual tamb�m analisa alternativas para viabilizar projetos de gera��o de energia. "Nossa ideia � estimular uma gera��o cada vez maior para atender a demandas regionais, embora no conceito de pico. Ele pode ocorrer com caracter�stica de leil�o de ponta, mas n�o � necess�rio que seja assim", disse. A proposta, dessa forma, seria justamente viabilizar uma oferta para evitar problemas de fornecimento no hor�rio de pico de consumo. S�o Paulo poderia, inclusive, promover um leil�o regional de energia.
Meirelles deixou claro, em mais de uma oportunidade, que o governo de S�o Paulo e o governo federal est�o discutindo solu��es para a situa��o do setor el�trico. O andamento das conversas, contudo, ainda � tratado de forma confidencial pelos governos federal e estadual.