Bras�lia, 10 - A presidente Dilma Rousseff pediu a l�deres do PT na C�mara e no Senado, em jantar nesta segunda-feira, que a ajudem a aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso. Para conseguir o apoio e agradar � classe m�dia, neste momento de crise pol�tica, Dilma tamb�m admitiu que vai acenar com um novo �ndice de corre��o da tabela do Imposto de Renda.
"Ela disse que vai ser uma proposta boa", afirmou o l�der do PT na C�mara, Sib� Machado (AC), ap�s o jantar no Alvorada. Dilma vetou, em 20 de janeiro, o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. O governo prop�e 4,5%, sob a alega��o de que um �ndice maior levaria � ren�ncia fiscal de R$ 7 bilh�es, o que provocaria forte impacto or�ament�rio.
O l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), disse na noite desta segunda-feira (9) que a reuni�o da presidente Dilma Rousseff se concentrou na defesa do ajuste fiscal e na discuss�o de uma proposta alternativa � corre��o da tabela do Imposto de Renda (IR).
"Estamos discutindo. N�o tem nada definido (sobre a corre��o da tabela do Imposto de Renda). Estamos ouvindo as sugest�es e buscando o entendimento com o Congresso", disse Guimar�es a jornalistas, ao sair do Pal�cio da Alvorada. "Foi uma reuni�o com os l�deres do PT pra discutir a necessidade de o PT apoiar as medidas do ajuste."
A presidente vetou no dia 20 de janeiro a corre��o de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa F�sica, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional, que se mobiliza agora para derrubar o veto.
� �poca, o governo alegou que o reajuste de 6,5% da tabela "levaria � ren�ncia fiscal na ordem de R$ 7 bilh�es, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto or�ament�rio-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal". O Planalto defende uma corre��o de 4,5%.
Guimar�es n�o respondeu qual seria a nova corre��o proposta pelo governo.
No dia 20 de fevereiro, ap�s cerim�nia de entrega de cartas credenciais de embaixadores estrangeiros, Dilma disse que o seu compromisso era com a corre��o de 4,5%. "O meu compromisso � 4,5%. Se por algum motivo n�o quiserem os 4,5% n�s vamos ter que abrir um processo de discuss�o novamente. O governo tem condi��es perfeitamente, de agora, olhar os 4,5%, � isso que n�s faremos", afirmou na ocasi�o.
Para o l�der do governo, o Pa�s precisa do ajuste fiscal para "restabelecer a governabilidade". "E nessa hora, o PT � fundamental apoiar o governo, em todas as dimens�es", ressaltou Guimar�es.
Guimar�es classificou a reuni�o no Alvorada de "alto n�vel", uma oportunidade para retomar o di�logo e "botar as coisas para funcionar". "O Pa�s n�o pode ficar sem construir a sua agenda que tem rela��o com o Congresso", disse o petista.
Ainda nessa segunda-feira, em reuni�o com l�deres de partidos aliados no Senado, no Pal�cio do Planalto, Dilma ouviu que sua base de sustenta��o no Congresso somente apoiaria as medidas impopulares do ajuste fiscal se o PT tamb�m avalizasse as iniciativas.