Bras�lia, 10 - Apesar das especula��es que ganham for�a no mercado financeiro, o Tesouro Nacional n�o pretende oferecer garantias � capta��es da Petrobr�s nos mercados interno ou externo. Segundo apurou o Broadcast, servi�o de tempo real da Ag�ncia Estado, n�o h� hoje nenhuma opera��o da petrol�fera sendo estruturada com o aval do Tesouro. Na semana passada, a companhia anunciou ter obtido do conselho de administra��o autoriza��o para captar este ano at� US$ 19 bilh�es.
Fonte do governo informou que n�o passa pela "filosofia" da atual equipe econ�mica a entrada da Uni�o com garantidora nas opera��es de financiamento da Petrobr�s. O governo federal n�o tem obriga��o legal de ser avalista dos empr�stimos da companhia, destaca a fonte. A determina��o do governo vai na contram�o da expectativa do mercado financeiro.
Conforme divulgado na semana passada pelo Broadcast, com o acesso fechado ao mercado externo de d�vida, a Petrobr�s deve recorrer aos bancos mais pr�ximos para captar recursos. No entanto, como a companhia perdeu o grau de investimento, a expectativa do mercado era de que os empr�stimos viessem condicionados � entrega de garantias do Tesouro.
Um dos principais entraves � capta��o de recursos no momento, a publica��o do balan�o da Petrobr�s auditado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) est� perto de ser concretizada. Pela avalia��o da equipe econ�mica, as negocia��es est�o avan�adas e caminham bem. O governo n�o trabalha com a hip�tese de o balan�o n�o ser publicado a tempo - possibilidade que poderia levar a um processo de acelera��o da d�vida, previsto em cl�usulas contratuais.
A companhia deve publicar resultados financeiros anuais auditados em at� 120 dias ap�s o fim do exerc�cio mais um per�odo de 60 dias de toler�ncia. Neste caso, credores podem se unir e cobrar da empresa o pagamento antecipado. O prazo para isso � junho pr�ximo.
Na estrat�gia de fortalecimento financeiro da Petrobr�s, fontes do governo destacam que o mercado interno � bastante "profundo" e com alta liquidez, o que assegura acesso da companhia ao financiamento dom�stico, embora com custo seja mais elevado. Colaborou Cynthia Decloet. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.