Alta do d�lar j� afetou vendas de importados, diz Abeifa

S�o Paulo, 10 - O presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Ve�culos Automotores (Abeifa), Marcel Visconde, avaliou nesta ter�a-feira, 10, que a queda de 32,5% nas vendas de ve�culos importados novos em fevereiro ante igual m�s do ano passado foi consequ�ncia principalmente do "baix�ssimo" �ndice de confian�a do consumidor brasileiro e do "overshooting" do d�lar nos �ltimos 60 dias. Ele citou tamb�m o menor n�mero de dias �teis em fevereiro, por conta do carnaval, como um dos fatores negativos.

Em entrevista coletiva para comentar os resultados de fevereiro, o executivo destacou que o n�vel de confian�a do consumidor chegou ao menor n�vel desde 2001, frente � falta de perspectivas positivas para a economia. "N�o existem indicadores que vislumbrem otimismo", disse. Ele ressaltou ainda que a alta do d�lar, que subiu quase 20% nas �ltimas tr�s semanas, tamb�m "sangra" para o importador brasileiro. "Como hoje o mercado n�o absorve esse aumento, ficamos em situa��o inc�moda", afirmou.

O presidente da Abeifa comentou que o repasse da moeda norte-americana para o pre�o foi "muito pequeno" at� agora, mas reconheceu que ele se tornar� inevit�vel quando os estoques atuais se reduzirem. De acordo com o executivo, est� dif�cil saber qual ser� a cota��o do d�lar nos pr�ximos meses. Ele arriscou, por�m, que a tend�ncia � de alta. Sob o argumento que n�o h� sinais de melhora da conjuntura econ�mica, Visconde reconhece que as demiss�es "n�o est�o longe do radar" das concession�rias de importados no Brasil, "nem a redu��o de estrutura". O executivo ponderou, contudo, que a intensidade desse movimento vai variar por associado.

A previs�o da entidade � que os emplacamentos de autom�veis e comerciais leves importados novos dever�o totalizar 84.300 unidades em 2015, queda 10% na compara��o com as 93.683 licenciadas no ano passado. Desta forma, os importados dever�o manter o n�vel de participa��o no mercado brasileiro "em torno de 3%", contra 2,9% em 2014.