Rio, 11 - O novo tratamento das termel�tricas no c�lculo do Produto Interno Bruto (PIB) acrescentou R$ 1,1 bilh�o ao valor adicionado da economia brasileira em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O gerente Cristiano Martins, da Coordena��o de Contas Nacionais Trimestrais do �rg�o, disse que o aumento se deve � menor utiliza��o das t�rmicas naquele ano.
Antes, o acionamento de t�rmicas n�o gerava um impacto diferenciado no PIB, o que passou a ser incorporado ao c�lculo agora com a nova metodologia. Quando as termel�tricas precisam ser ligadas, o chamado custo intermedi�rio (principalmente com combust�veis) � maior do que na gera��o hidrel�trica, o que faz com que o valor adicionado fique menor - ou seja, h� uma contribui��o negativa no PIB. "Para produzir a mesma quantidade de energia, voc� teve um custo maior", sintetizou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Em 2011, por�m, as t�rmicas passaram boa parte do tempo desativadas, comentou Martins. "Em 2011, as t�rmicas ficaram desligadas boa parte do ano e foram ligadas mais no final. Ent�o, n�o houve tanto consumo de combust�veis, o que diminui o consumo intermedi�rio e aumenta o valor adicionado", disse.
A mensura��o desse efeito diminuiu a estimativa com o custo intermedi�rio. Antes em R$ 87,6 bilh�es, esse gasto foi revisado para R$ 86,5 bilh�es para o ano de 2011, segundo o IBGE. O valor da produ��o permaneceu em R$ 159,6 bilh�es. Em 2010, por�m, o maior acionamento de t�rmicas provocou o efeito contr�rio. Embora o �rg�o n�o tenha divulgado valores, o impacto foi negativo, segundo o gerente. "Em 2010, as t�rmicas ficaram muito tempo ligadas, tiveram consumo grande de combust�vel, ent�o consumo intermedi�rio estava alto", justificou.
A mudan�a na medi��o da produ��o das termel�tricas no PIB feita pelo IBGE visou atender o caso espec�fico brasileiro. "Esse fen�meno fica muito importante de 2010 para c�. Ent�o, na s�rie velha, nem fazia tanta diferen�a. Mas de 2010 para c� fomos obrigados a fazer esse tipo de tratamento, porque passou a fazer a diferen�a", disse Rebeca. )