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Estado de Minas

Centrais querem que revis�o do PIB chegue ao sal�rio m�nimo


postado em 11/03/2015 19:49

Bras�lia, 11 - A revis�o das taxas do Produto Interno Bruto (PIB) devem iniciar um novo cabo de guerra entre o governo Dilma Rousseff e as centrais sindicais em torno do sal�rio m�nimo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) anunciou nesta quarta-feira, 11, que o PIB de 2010 passou de 7,5% para 7,6% enquanto o de 2011 sofreu uma revis�o maior, de 2,7% para 3,9%. Como o PIB serve de indicador de reajuste do sal�rio m�nimo, os aumentos salariais concedidos nos �ltimos anos foram inferiores aos resultados atualizados do PIB.

Hoje mesmo as centrais sindicais buscaram o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese) para atualizar as contas. Segundo o estudo t�cnico do Dieese, obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o sal�rio m�nimo de 2013, que foi reajustado pelo PIB de 2011, deveria ter sido de R$ 686,31 e n�o de R$ 678,00, como efetivamente vigorou naquele ano. Quando os PIBs dos anos de 2012 e 2013 tamb�m forem revisados pelo IBGE, que promete essa atualiza��o para novembro deste ano, as diferen�as v�o aumentar.

Uma das ideias das centrais sindicais � a de somar essas discrep�ncias no sal�rio m�nimo nos �ltimos tr�s anos e cobrar do governo federal que seja incorporado ao reajuste de 2016. Dirigentes das tr�s maiores centrais sindicais do Pa�s afirmaram ao jornal que haver� press�o sobre o governo para que aumente o sal�rio m�nimo. Foram consultados l�deres da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), For�a Sindical e Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT).

"Se a regra do sal�rio m�nimo, fechada por Lula e por Dilma, coloca o PIB como fator de reajuste real dos sal�rios e, agora, o PIB foi maior do que sab�amos antes, ent�o � natural que isso chegue para os trabalhadores", afirmou o presidente da For�a, Miguel Torres, que tamb�m comanda o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo. "Sou totalmente de acordo. A regra � clara e o sal�rio m�nimo precisa refletir os ganhos da economia", disse Luiz Carlos Motta, presidente da UGT em S�o Paulo e tamb�m da Federa��o dos Empregados no Com�rcio de S�o Paulo (Fecomerci�rios). Dirigentes da CUT tamb�m posicionaram-se favoravelmente � ideia.

Parlamentares ligados ao movimento sindical no Congresso Nacional tiveram contato com dirigentes das centrais sindicais ainda hoje para tratar do assunto.

Aumento de gastos

O governo, por outro lado, quer se afastar de qualquer discuss�o que envolva aumento de gastos p�blicos neste momento. Dado o quadro fiscal, a discuss�o sobre uma compensa��o ser� delicada. Em 2015, o reajuste de 8,8% do sal�rio m�nimo, que alcan�ou o atual patamar de R$ 788,00 por m�s, custar� ao todo R$ 22 bilh�es em despesas federais, segundo c�lculos que o Minist�rio do Planejamento apresentou ao Congresso no fim do ano passado.

Pela regra de reajustes autom�ticos do sal�rio m�nimo, o PIB de dois anos anteriores - junto com a infla��o do ano anterior - serve de base para o c�lculo da corre��o real dos rendimentos. Assim, o PIB de 2010 serviu para reajustar o sal�rio m�nimo de 2012 em 7,5%. J� o PIB de 2011, originalmente de 2,7%, serviu para elevar o sal�rio m�nimo em 2013. Os anos de 2012 e 2013 tamb�m ter�o seus indicadores de PIB revisados pelo IBGE, informou hoje o instituto.


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