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Estado de Minas

D�vida quanto a emprego trava consumo de fam�lias, apunta a CNC


postado em 19/03/2015 13:31

Rio, 19 - A inseguran�a das fam�lias em rela��o ao mercado de trabalho � um dos principais entraves ao consumo nos pr�ximos meses, afirmou nesta quinta-feira, 19, a economista Juliana Serapio, da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC). Infla��o elevada e a alta de juros tamb�m contribuem para a maior cautela dos consumidores. Os bens dur�veis s�o os principais cortes do or�amento: quase metade das fam�lias acha que � um mau momento para adquirir esse tipo de produto.

Em mar�o, o indicador que mede a Inten��o de Consumo das Fam�lias (ICF) caiu 6,1% ante fevereiro, ao menor n�vel da s�rie, iniciada em janeiro de 2010. "A infla��o de transportes acelerou muito em fevereiro, principalmente gasolina e diesel. A alta do d�lar tamb�m contribui, pois acaba sendo repassada a alguns produtos como o trigo, um produto bastante b�sico e provoca aumentos nos p�es", comentou Juliana.

Mas o fator principal, segundo a especialista, � a desacelera��o do mercado de trabalho. Na quarta-feira, 18, o Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou que 2,4 mil postos formais foram fechados em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o terceiro m�s seguido de demiss�es. J� a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) nas seis principais regi�es metropolitanas ficou em 5,3% em janeiro, contra 4,8% em igual m�s de 2014.

"As fam�lias est�o ficando mais inseguras em rela��o � renda futura e o emprego", afirmou Juliana. Segundo a economista, a desacelera��o do mercado de trabalho gera essa incerteza e explica a cautela das fam�lias na hora das compras. "Elas tendem a evitar o consumo de itens desnecess�rios por conta do or�amento mais apertado e dos juros mais altos."

A ICF de mar�o mostra que os bens dur�veis devem ser os mais afetados pela decis�o dos consumidores. Ao todo, 49,7% das fam�lias dizem que � um mau momento para adquirir esse tipo de produto. Segundo a CNC, a taxa m�dia de juros das opera��es de cr�dito com recursos livres para pessoas f�sicas, de 52,62% ao ano em janeiro (o maior patamar da s�rie do Banco Central) � um grande inibidor desse tipo de gasto.

"At� ent�o, com as perspectivas nada animadoras, n�o vejo revers�o desse quadro. H� todo um conjunto de fatores contribuindo (para a baixa inten��o de consumo). � dif�cil um fator isolado proporcionar uma melhora", afirmou Juliana.

Diante das sinaliza��es das fam�lias, o quadro n�o � nada alentador para o com�rcio. "O setor, que era um propulsor do crescimento, est� bastante baqueado", disse a economista da CNC. Recentemente, a entidade revisou a previs�o de aumento no volume de vendas do varejo restrito (sem ve�culos e material de constru��o) para 1% este ano. Se confirmado, o resultado ser� o pior desde 2003 (-3,7%).


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