Bras�lia, 19 - O aumento das expectativas em rela��o � infla��o, as elei��es presidenciais de outubro e a escalada do d�lar s�o apontadas pelo Banco Central em seu Relat�rio de Estabilidade Financeira (REF) como epis�dios que poderiam ter afetado a sa�de dos bancos no segundo semestre de 2014. Internamente, diz o relat�rio do BC, somaram-se os desafios impostos pelos resultados fiscais, pela persist�ncia de elevadas expectativas de infla��o, pelo baixo crescimento econ�mico e pelas incertezas associadas �s elei��es presidenciais.
Assim como nas atas do Copom, o REF trouxe tamb�m a intensifica��o dos ajustes de pre�os relativos na economia, como o - realinhamento dos pre�os dom�sticos em rela��o aos internacionais e realinhamento dos pre�os administrados em rela��o aos livres. Com isso, de acordo com o documento, o balan�o de riscos para a infla��o tornou-se menos favor�vel.
O REF lembra que o BC aumentou a taxa b�sica de juros em 3,75 pontos percentuais (p.p.) entre abril de 2013 e abril de 2014, para 11,0%, e voltou a elevar a taxa Selic a partir do final de outubro de 2014, atingindo 11,75% em dezembro. Em dezembro, citou o relat�rio, o BC anunciou a extens�o, com ajustes, do programa de leil�es de c�mbio. "Diante desses condicionantes externos e internos, as taxas de juros dom�sticas apresentaram grande volatilidade; a partir de setembro, a taxa de c�mbio registrou desvaloriza��o, e o �ndice da Bolsa de Valores de S�o Paulo (Ibovespa) reverteu a tend�ncia de alta."
A intermedia��o de cr�dito feita por institui��es n�o banc�rias - o shadow banking - � pequena no Brasil e por isso, avalia o BC, o risco de contamina��o dos bancos brasileiros � pequeno. Segundo o diretor de Fiscaliza��o e Regula��o do Banco Central, Anthero Meirelles, o mercado shadow banking no Brasil � pequeno e regulado, por isso o risco de contamina��o para o Sistema Financeiro Nacional � baixo. Pelo conceito amplo, o tamanho do shadow banking no Brasil � de R$ 2,6 trilh�es. Retirando-se algumas opera��es, tem-se o conceito restrito, que, no Brasil, tem tamanho de R$ 382 bilh�es. S�o classificados como shadow banking opera��es que t�m caracter�sticas de opera��es banc�rias, mas que n�o s�o bancos.
No conceito amplo est�o, por exemplo, fundos de a��es. Ao se retirarem algumas opera��es, o que sobram s�o instrumentos como corretora de c�mbio, FIDCS abertos e sociedade de capitaliza��o, entre outras. O diretor enfatizou, por�m, que no Brasil, todos os componentes do shadow banking s�o regulados pelo BC, pela Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), ou ambos.