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Estado de Minas

Bancos credores da Sete Brasil v�o executar garantias de R$ 4,5 bi


postado em 21/03/2015 08:19 / atualizado em 21/03/2015 10:11

S�o Paulo - Os seis bancos credores da Sete Brasil, empresa criada para administrar as sondas da Petrobr�s no pr�-sal, devem executar as garantias de R$ 4,5 bilh�es dadas pelo Fundo Garantidor da Constru��o Naval (FGCN) no empr�stimo � empresa. Essa � uma forma de reduzir os preju�zos dos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Ita� BBA, Santander e Standard Chartered com o empr�stimo de R$ 12 bilh�es dado � companhia.

Al�m disso, a execu��o das garantias tamb�m � uma forma de pressionar o governo para que o BNDES libere o financiamento de longo prazo para a Sete Brasil, travado desde o ano passado por causa da Opera��o Lava Jato. Isso porque, mesmo executando as garantias do Fundo Garantidor, os bancos ainda ficariam com um preju�zo de R$ 7,5 bilh�es, emprestados � Sete sem garantias.

Nenhum dos bancos quis comentar o assunto, alegando o sigilo banc�rio de clientes. O Fundo Garantidor usou o mesmo argumento. Mas, segundo algumas fontes pr�ximas �s institui��es, a decis�o de executar o FGCN vai na esteira do Standard Chartered, que nesta semana foi o primeiro a notificar o Fundo.

O movimento do Standard praticamente obriga os outros bancos a fazer o mesmo, segundo comenta um executivo de uma das institui��es. Um dos motivos � que os primeiros a exigir as garantias do Fundo Garantidor recebem um porcentual maior. O rateio da garantia s� ser� igualit�rio se todos os bancos a executarem ao mesmo tempo, ou seja, o banco que ficar para tr�s vai receber menos.

Outro motivo � que, ao executar as garantias, o Standard assume que a Sete Brasil n�o pagou o que devia e ent�o passam a valer as cl�usulas de “cross default” estabelecidas na concess�o do financiamento. As cl�usulas preveem que, caso a empresa deixe de pagar parte de um empr�stimo, todo o resto pode ser cobrado imediatamente.

Um dos acionistas da Sete Brasil diz que a situa��o da empresa tem se deteriorado sem que o governo tenha escutado os donos da empresa sobre uma poss�vel solu��o para o impasse. O BNDES chegou a propor liberar o financiamento via bancos credores, o que na pr�tica o levava a assumir o risco tamb�m desse empr�stimo. A solu��o n�o agradou as institui��es. Alguns executivos dizem que quando entraram no neg�cio o governo alegava que era um projeto importante para o Pa�s e agora est� entregando o problema para os bancos.

Dos R$ 12 bilh�es concedidos, o Standard Chartered tem a menor participa��o, de US$ 250 milh�es. O maior financiador foi o Banco do Brasil, segundo informa um dos acionistas, com empr�stimos que superariam R$ 3 bilh�es. Bradesco, Ita� BBA e Santander teriam emprestado valores superiores a R$ 2 bilh�es cada um e a Caixa teria uma participa��o menor, de R$ 1,5 bilh�o.

Dela��o. A situa��o da Sete Brasil vem se deteriorando desde outubro do ano passado, quando um de seus ex-diretores e ex-gerente da Petrobr�s, Pedro Barusco, assinou acordo de dela��o premiada na Opera��o Lava Jato. Sem ter como afirmar se a companhia tinha ind�cios de corrup��o, ficou dif�cil acertar o financiamento de longo prazo sem que antes a empresa passasse por uma auditoria interna. Al�m disso, a situa��o foi agravada com o fato de a Petrobr�s ter tentado cancelar a contrata��o de sete sondas.

Quando as partes chegaram a um acordo, em fevereiro, veio a p�blico a dela��o premiada de Barusco que implicou os estaleiros e ex-executivos do banco. E assim o BNDES travou de vez o financiamento, que resolveria toda o problema.

Em meio a esse imbr�glio, a Sete deixou de pagar os estaleiros que contratou para construir as 29 sondas que seriam usadas no pr�-sal. J� s�o mais de R$ 2,5 bilh�es em atraso, que deixaram tamb�m os estaleiros em situa��o dif�cil. Sem o financiamento de longo prazo, a Sete Brasil pode se tornar invi�vel e deixar um rastro bilion�rio de preju�zos. Os acionistas investiram R$ 8,3 bilh�es no neg�cio. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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