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Estado de Minas

Programa de swap deveria ter sido interrompido antes, diz pesquisador


postado em 25/03/2015 17:37

S�o Paulo, 25 - Cr�tico de longa data do programa de vendas di�rias de swap cambial do Banco Central, o professor M�rcio Garcia, do Departamento de Economia da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio (PUC-Rio), disse nesta quarta-feira, 25, que as interven��es deveriam ter sido interrompidas em 2013 e que o n�vel atual dos estoques gera riscos, especialmente se a autoridade monet�ria precisar voltar a atuar no mercado.

Em artigo escrito antes do BC comunicar, na noite desta ter�a-feira, 24, o fim do programa, Garcia j� afirmava que a institui��o deveria anunciar a rolagem integral do estoque de swaps at� que, em uma conjuntura mais favor�vel, seja poss�vel deixar os contratos vencerem gradualmente. Foi exatamente o que o Banco Central fez. O presidente do BC, Alexandre Tombini, chegou a dizer ontem, mais cedo, que a posi��o dos swaps em rela��o �s reservas internacionais � confort�vel e poderia ser mantida por 10, 20 anos - o que n�o quer dizer que isso ser� feito.

Segundo o pesquisador, a manuten��o do programa para al�m do per�odo de efic�cia acabou gerando um problema para o BC, j� que o n�vel atual dos estoques acaba se tornando um limitador para novas interven��es, se elas forem necess�rias. Isso ocorre porque os participantes do mercado tenderiam a entender que o BC pretende estabelecer um determinado patamar para o c�mbio, o que levaria a uma onda especulativa contra o real. "O BC deve ter a capacidade de intervir nos mercados, mas isso precisa ser necessariamente espor�dico, n�o pode ser constante", afirma.

No artigo, Garcia argumentava que, "infelizmente", o programa de swaps cambiais trilhou caminho semelhante ao das pol�ticas fiscal e monet�ria, ou seja, "foram usados de forma equivocada por muito tempo, provavelmente com fins eleitorais, e agora n�o est�o dispon�veis para ajudar o Pa�s a sair da recess�o".

O professor afirma que, no in�cio, as interven��es foram bem-sucedidas, j� que, quando do an�ncio das vendas di�rias, em agosto de 2013, houve uma invers�o na tend�ncia do d�lar, que passou a cair. J� nas tr�s prorroga��es seguintes, n�o � poss�vel comprovar academicamente nenhum efeito no patamar do c�mbio ou na volatilidade.

Ontem, ao anunciar o fim das interven��es di�rias, o BC disse que, sempre que julgar necess�rio, poder� realizar opera��es adicionais por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance. Para Garcia, n�o h� um n�vel m�ximo para o d�lar que desencadearia a volta do BC ao mercado. "O BC diz que n�o interv�m para determinar um n�vel, e sim para colocar a volatilidade excessiva. Em sendo isso verdade, n�o haveria nenhum patamar espec�fico para o c�mbio que o levaria a atuar", aponta.


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