Rio, 25 - A queda do pre�o do petr�leo no mercado internacional e a crise da ind�stria brasileira por conta da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, poder�o ter efeito sobre a produ��o de petr�leo no pr�-sal brasileiro, segundo o presidente da estatal Pr�-sal Petr�leo (PPSA), Oswaldo Pedrosa.
Respons�vel por cuidar dos interesses da Uni�o no pr�-sal, a empresa projeta que a produ��o apenas em �reas submetidas ao regime de partilha - em que petroleiras e governo dividem os ganhos - ser� de 4 milh�es de barris por dia no fim da pr�xima d�cada. Por�m, o ritmo da extra��o de �leo pode ser mais lento caso persistam os problemas atuais.
O fato de ter "os principais especialistas (empresas de engenharia) do Brasil na lista de bloqueio da Petrobras, trazida pela Opera��o Lava Jato, combinado com a queda do pre�o do petr�leo pode ter impacto no pleno desenvolvimento do pr�-sal brasileiro. No m�nimo, fazer com que o ritmo desse desenvolvimento n�o seja o antes previsto", afirmou Pedrosa a uma plateia de executivos do setor e especialistas, em semin�rio promovido pela Funda��o Getulio Vargas (FGV). Disse tamb�m que pode haver uma "menor acelera��o" da produ��o, mas "nada que prejudique no longo prazo".
Para chegar � proje��o de produ��o de 4 milh�es de bpd por volta de 2025, foram consideradas reservas j� encontradas e distribu�das em quatro diferentes grupos de tipos de contratos. Est�o inclu�dos a� o campo de Libra; as �reas da cedidas � Petrobras onerosamente; as de excedente destas cess�es onerosas e, por fim, �reas cont�nuas a outras j� concedidas a diversas petroleiras em regime de concess�o.
O efeito direto da Lava Jato, que investiga a exist�ncia de um esquema de corrup��o envolvendo fornecedores da ind�stria petroleira, e da queda do pre�o do petr�leo tende a ser o aumento dos gastos nos projetos, prev� o presidente da PPSA. Com o desempenho das empresas sendo afetado pelos dois fatores, a perspectiva, por fim, � de redu��o do lucro a ser obtido pela Uni�o e tamb�m pelas empresas s�cias nas �reas do pr�-sal.
Pedrosa ressaltou que o Pa�s convive, atualmente, com uma "crise na ind�stria naval brasileira". O principal empecilho para o pleno desenvolvimento do pr�-sal �, em sua opini�o, a dificuldade de os estaleiros nacionais constru�rem navios-plataforma e sondas de perfura��o. Ele lembrou que parte dos equipamentos j� foi contratada. "Mas � essencial a continuidade das contrata��es", acrescentou.