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Estado de Minas

Aumento na procura por trabalho e corte de vagas elevam desemprego, avalia IBGE


postado em 26/03/2015 13:07

Rio, 26 - A taxa de desemprego nas seis principais regi�es metropolitanas do Pa�s est� crescendo por causa de um aumento no n�mero de pessoas � procura de um trabalho aliado a um corte no n�mero de vagas existentes, segundo Adriana Beringuy, t�cnica da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

"Esse crescimento da taxa de desocupa��o est� relacionado ao crescimento da procura e redu��o da ocupa��o. Voc� tem os dois movimentos agindo ao mesmo tempo", afirmou Adriana.

A taxa m�dia de desemprego no primeiro bimestre aumentou de 4,9% em 2014 para 5,6% em 2015, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego.

"O que est� acontecendo em 2015 diferente de 2014? Ao longo de 2014, o que a gente vinha observando era uma estabilidade na popula��o ocupada. N�o tinha expans�o de postos de trabalho, mas tamb�m n�o tinha redu��o. E, em contrapartida, voc� tinha uma popula��o desocupada que s� ca�a", lembrou a pesquisadora. "Ent�o, a desocupa��o n�o pressionava o mercado de trabalho e tamb�m n�o havia dispensa de trabalhadores ocupados", acrescentou.

Segundo Adriana, a popula��o ocupada que estava mais est�vel em 2014 come�a a se retrair, enquanto a popula��o que estava desocupava e n�o pressionava a taxa come�a a crescer. Al�m disso, a migra��o de pessoas para a inatividade vem contribuindo menos para conter o desemprego.

"O aumento da inatividade em fevereiro foi bem inferior em rela��o a anos anteriores. A popula��o n�o economicamente ativa estava crescendo a n�meros mais elevados, agora est� crescendo menos, o que pode ter levado a um crescimento na desocupa��o", sugeriu a t�cnica do IBGE.

Adriana ressalta que o crescimento da popula��o inativa come�ou a ocorrer mais significativamente em setembro de 2013. O fen�meno ajudou a conter a taxa de desemprego ao longo de 2014, apesar da estagna��o na gera��o de novas vagas. "O crescimento da Pnea (popula��o n�o economicamente ativa) foi a t�nica de 2014. Continua crescendo, mas num porcentual menor do que aquele que chamava aten��o da gente", avaliou ela.

Em janeiro, houve at� recuo na inatividade em rela��o a dezembro. Em fevereiro, o movimento de alta retornou, mas ainda n�o significativo estatisticamente, com aumento de apenas 0,4% em rela��o ao m�s anterior.

Outros servi�os

A dispensa de 229 mil trabalhadores na passagem de janeiro para fevereiro teve forte influ�ncia do segmento de outros servi�os, segundo Adriana. A atividade cortou 165 mil empregados, queda de 3,7% no total de ocupados, de acordo com a pesquisa do IBGE. As �reas mais atingidas foram as de transporte, servi�os pessoais e alojamento e alimenta��o.

O segmento de servi�os pessoais - que inclui manicure, esteticista e cabeleireiro - dispensou 70 mil pessoas em fevereiro. O setor de alojamento e alimenta��o demitiu outras 34 mil pessoas. J� o transporte terrestre teve redu��o de 30 mil vagas. "Alojamento e alimenta��o � at� um setor que n�o dispensaria tanto (nessa �poca do ano), porque tem carnaval, f�rias. Ent�o, de fato, � um movimento que n�o teria tanto uma (influ�ncia da) sazonalidade", avaliou Adriana.

No caso dos servi�os pessoais, a pesquisadora reconheceu que h� forte liga��o do setor com a renda do trabalhador. O rendimento m�dio real dos ocupados caiu 1,4% em fevereiro ante janeiro. "� um tipo de atividade onde h� um aumento de popula��o ocupada em fun��o de renda", lembrou ela.

Ainda em rela��o a janeiro, a ind�stria contratou 12 mil funcion�rios em fevereiro, alta de 0,4% no total de ocupados. A constru��o demitiu 26 mil empregados, queda de 1,6%. O com�rcio fechou 57 mil vagas, redu��o de 1,3%. Os servi�os prestados a empresas dispensaram 23 mil trabalhadores, recuo de 0,6%. Educa��o, sa�de e administra��o p�blica contrataram 18 mil pessoas, alta de 0,5%. Os servi�os dom�sticos absorveram mais 21 mil trabalhadores, alta de 1,5%.


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