Rio de Janeiro, 27 - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, afirmou nesta sexta-feira que o governo trabalha para garantir uma gera��o adicional de energia via usinas termel�tricas nos pr�ximos dois anos. Segundo ele, a previs�o � que haja gera��o extra de mil MWh em 2016 e mais 3 mil MWh de t�rmica a partir de 2017.
O diretor afirmou ainda que "n�o h� incerteza" em rela��o ao fornecimento de energia no Pa�s neste ano. "A gente acredita que para este ano o abastecimento est� garantido", afirmou Chipp, que participa nesta manh� de semin�rio na Federa��o das Ind�strias do Rio de Janeiro (Firjan). O diretor defendeu o sistema nacional de fornecimento que est� "operando para o que foi planejado", suportando um per�odo de "estresse" no abastecimento h�drico. "Para esse ano, n�o h� incerteza. Eu tenho recomendado h� algum tempo uma maior agrega��o de gera��o t�rmica na matriz. A moda � gera��o limpa, mas a conta n�o fecha. Tenho que ter uma garantia a mais. Por isso, o governo trabalha para atender a uma gera��o t�rmica extra de mil MWh em 2016 e 3 mil MWh em 2017", completou.
A gera��o adicional aliviaria o atual n�vel dos reservat�rios, que desperta preocupa��o entre empres�rios e governo sobre a garantia de abastecimento no longo prazo. Para o empres�rio Marcio Veiga, presidente da PSR, h� risco em alguns reservat�rios de chegar ao final do ano com menos de 10% de capacidade. "Temos uma probabilidade alta de chegar ao final do ano com n�veis muito baixos. � uma situa��o muito preocupante. N�s fizemos as contas e precisaria reduzir a demanda em 5% a partir de maio", afirmou Veiga.
Al�m da desconfian�a com o abastecimento, os empres�rios demonstraram preocupa��o com o custo da energia. Durante o semin�rio, a Firjan apresentou um estudo que aponta que o custo m�dio no Pa�s alcan�ou, em mar�o, o topo do ranking internacional entre 28 pa�ses: R$ 534,28 MWh. O custo registrou um crescimento de 48% desde dezembro, em fun��o da revis�o extraordin�ria autorizada pelo governo e pela implanta��o do sistema de bandeiras tarif�rias.
O movimento no Pa�s contraria uma trajet�ria internacional de queda no custo da energia, acompanhando a deprecia��o da cota��o internacional do petr�leo. Nos demais pa�ses pesquisados pelo estudo, o custo caiu 6% em m�dia, no per�odo.