O crescimento da economia brasileira de 0,1% no ano passado, conforme divulgou o IBGE, nesta sexta-feira, 27, foi pouco, mas o suficiente para manter o Brasil na 7ª posi��o no ranking de pa�ses calculado pela Austin Rating, segundo a grandeza do PIB de cada um destes pa�ses.
No entanto, para 2015, a previs�o da Austin Ratin, de acordo com seu economista-chefe Alex Agostini, � de que o pa�s perder� uma posi��o, caindo para a 8ª coloca��o, sendo ultrapassado pela �ndia.
Agostini embasa sua previs�o, entre outras coisas, em dados extra�dos do Sistema de Expectativas de Mercado, compilados e disponibilizados pelo Banco Central (BC) at� o �ltimo dia 20 de mar�o, segundos os quais o PIB estimado para 2015 era de retra��o de 0,83%. Mas leva em conta tamb�m n�meros do FMI e do Banco Mundial.
"Al�m das instabilidades geopol�ticas, a atual nova ordem econ�mica mundial decorre da altera��o da pol�tica monet�ria nos Estados Unidos, que tem alterado constantemente a paridade cambial das principais moedas frente ao d�lar norte-americano, bem como o processo de 'soft landing' observado na China, os efeitos da extens�o do plano de socorro monet�rio � Gr�cia e, principalmente, pela instabilidade econ�mica instaurada no Brasil ao longo de 2014 e in�cio de 2015, ter�o severas e negativas consequ�ncias � din�mica macroecon�mica dom�stica", alerta o economista da Austin Rating.
Ainda de acordo com Agostini, a conjuntura econ�mica do Brasil para 2015 � extremamente desalentadora, pois se espera retra��o do PIB entre 0,8% a 1,4%, segundo a Focus e Austin Rating, respectivamente. "Tal cen�rio decorre da perda ainda maior de dinamismo nos setores industrial e de servi�os, al�m da queda do poder de compra das fam�lias em virtude da infla��o elevada, bem como o risco real de racionamento de energia el�trica.
Em tempo, os ajustes promovidos no campo fiscal e monet�rio, com o poss�vel fim das desonera��es fiscais, aumento da carga tribut�ria e a eleva��o da taxa de juros, que podem ser considerados um mal necess�rio, v�o fragilizar ainda mais os investimentos no setor produtivo, que recuaram 4,4% em 2014, com graves problemas sobre o mercado de trabalho como fechamento de postos de trabalho e estagna��o da renda", diz o economista.
Ele destaca que somente no primeiro bimestre de 2015 j� houve corte de mais de 200 mil empregos com carteira assinada, segundo dados do Minist�rio do Trabalho, al�m da eleva��o da taxa de desemprego para 5,9% em fevereiro ap�s encerrar 2014 com taxa de 4,3%, segundo o IBGE.
"Os investimentos no setor produtivo, por sua vez, seguem em compasso de espera aguardando n�o apenas as defini��es das medidas de pol�tica econ�mica do governo, mas tamb�m pelo conhecimento das consequ�ncias do desfecho dos problemas acerca da Petrobras que, por enquanto, carregam grandes incertezas sobre o futuro do rating do Brasil e sua manuten��o no seleto grupo de pa�ses classificados como grau de investimento, haja vista que tal condi��o do rating soberano tem efeito direto na ades�o das empresas em participarem dos planos de concess�es do governo federal nas �reas de infraestrutura", conclui Agostini.