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Estado de Minas

D�lar segura renda no campo, mas encarece insumos


postado em 29/03/2015 09:37

S�o Paulo, 29 - Se a queda das cota��es de soja na Bolsa de Chicago, pressionadas pelo alto patamar dos estoques mundiais, afligiu produtores e amea�ou a rentabilidade desta e da pr�xima safra, a disparada do d�lar no m�s passado acalmou os �nimos e segurou a rentabilidade para o produtor - pelo menos por enquanto.

De agosto do ano passado a mar�o deste ano, o c�mbio rendeu mais de R$ 25 no pre�o da saca de soja em Sorriso, Mato Grosso, ficando respons�vel por quase metade de sua composi��o. �O pre�o em Chicago, o pr�mio e a margem diminu�ram, mas o d�lar subiu bem e compensou essa queda�, diz Marcos Rubin. �Com isso, o pre�o da soja se manteve praticamente est�vel de agosto para c�.�

Em outubro, essa estabilidade n�o era nem sequer cogitada pelo produtor, que estava apreensivo com o cen�rio de pre�os. Com o d�lar a R$ 2,50 e a cota��o de soja por volta de US$ 9 o bushel na Bolsa de Chicago, a rentabilidade esperada no norte de Mato Grosso, por exemplo, para a safra 2014/15 era de R$ 128 por hectare - 80% a menos do que na safra anterior. Para o ano que vem, a conta ficava no vermelho, com preju�zo de R$ 125 por hectare.

O d�lar deu uma reviravolta nesse cen�rio. Em mar�o, tomando como base uma cota��o a R$ 3,10, a rentabilidade da soja foi para R$ 798 por hectare, superando a do ano passado. Para a nova safra, a conta sai do negativo e vai a R$ 337. No norte do Paran�, a rentabilidade passou de R$ 341 para R$ 1.077 por hectare com a valoriza��o da moeda americana. �Ganhamos um ano com o c�mbio, com uma margem melhor do que se estiv�ssemos olhando apenas para os mercados internacionais�, destaca Andr� Pess�a.

Insumos. O mesmo d�lar que segura a renda do produtor, por�m, tamb�m traz preocupa��es para a pr�xima safra, uma vez que o Brasil importa por volta de US$ 30 bilh�es em insumos por ano. A Agroconsult estima uma alta de 13% no custo de produ��o no norte de Mato Grosso para a safra 2015/16, e boa parte dessa conta sai em d�lar. �No caso dos fertilizantes, o repasse � praticamente igual�, diz Pess�a. A consultoria projeta alta de 29% no pre�o de fertilizantes e 22% para os defensivos.

A perspectiva se agrava com incertezas quanto � oferta de cr�dito para a pr�xima, tanto de fontes p�blicas como privadas. A consultoria espera queda de 20% na disponibilidade de cr�dito aos agricultores. Na contrapartida, estima que ser�o necess�rios R$ 11 bilh�es a mais de recursos para o plantio de soja, milho e algod�o do que nesta safra, totalizando 94,8 bilh�es. �Neste ciclo, notamos um retardamento tanto na comercializa��o da soja como na compra de insumos. O grande desafio deste ano � o cr�dito, que estar� mais caro e mais escasso�, diz Pess�a.

Al�m das d�vidas em rela��o ao c�mbio, o pre�o da soja em d�lar deve continuar pressionado. �Tivemos uma safra boa nos Estados Unidos, na Argentina e no Brasil. As probabilidades de alta de pre�os s�o baixas�, diz Rubin. Os tr�s principais produtores da commodity acumular�o um estoque de 33 milh�es de toneladas nesta safra, sendo 18 milh�es na Argentina, que j� havia armazenado 12 milh�es na safra passada. �N�o se sabe quando a Argentina vai colocar essa oferta no mercado, mas isso ser� decisivo para os pre�os.�


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