Rio, 01 - O ajuste fiscal promovido pela equipe econ�mica � condi��o b�sica para a retomada do crescimento do Pa�s, mas deve levar em conta as necessidades da ind�stria, avalia o presidente executivo do Instituto A�o Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes. Ele citou a redu��o da desonera��o da folha de pagamentos para alguns setores e da al�quota do Reintegra (de 3% para 1%) como medidas que podem dificultar ainda mais a situa��o do setor industrial.
Lopes acredita que � preciso haver uma "corre��o de rumo" para que a ind�stria possa ajudar no processo de retomada do crescimento econ�mico. "Por melhor que seja o ajuste fiscal o Pa�s n�o cresce sem a ind�stria", afirmou nesta quarta-feira, 1, no Rio.
No in�cio do ano, a Fazenda prop�s a redu��o de 3% para 1% da al�quota do Regime Especial de Reintegra��o de Valores Tribut�rios para as Empresas Exportadoras (Reintegra), mecanismo de gera��o de cr�dito de PIS/Cofins sobre o valor de bens exportados. Segundo Lopes, o setor est� em contato com o governo para tentar reverter a medida. O IABr calcula que se isso for mantido haver� um "confisco" de US$ 160 milh�es da siderurgia em 2015, levando em conta a previs�o de exporta��es de US$ 8,8 bilh�es neste ano. "Da noite para o dia o governo revisou a al�quota de 3% para 1%. H� um entendimento errado de que o Reintegra � ren�ncia fiscal. Na verdade � um mecanismo que foi criado para compensar res�duos tribut�rios na exporta��o", disse.
O presidente do Conselho Diretor do IABr, Benjamin Baptista Filho, demonstrou forte preocupa��o com a queda do n�vel industrial do Brasil. Ele mencionou o avan�o das importa��es como um dos fatores que pesam nessa deteriora��o. No caso do a�o, as importa��es diretas e indiretas somam cerca de 9 milh�es de toneladas por ano, o equivalente a toda a capacidade produtiva da Usiminas. O n�vel de penetra��o das importa��es chega a 16%, contra 6% no passado. "Nosso grande movimento no IABr � refor�ar a necessidade de o Pa�s ter uma ind�stria forte. Se nossos clientes desaparecerem, desaparecemos junto. O que estamos fazendo � exportar empregos para fora do Pa�s", disse Baptista Filho.