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Estado de Minas

Cr�dito privado no ensino esbarra na inadimpl�ncia e evas�o escolar


postado em 06/04/2015 08:31

S�o Paulo, 06 - A corrida das empresas de educa��o por uma alternativa privada de financiamento depois das restri��es no programa de cr�dito do governo, o Fies, ter� de ultrapassar barreiras como a inadimpl�ncia e a evas�o escolar para decolar de fato no Brasil. Embora crescente o n�mero de an�ncios de parcerias e produtos, o risco de calotes e de abandono dos cursos pode limitar o apetite nesse segmento num momento em que bancos est�o ainda mais rigorosos para emprestar.

Como as primeiras safras de cr�dito estudantil mal come�aram a ser pagas, ainda n�o h� informa��es consistentes sobre inadimpl�ncia. O que torna o segmento mais obscuro, na an�lise de especialistas. A garantia do Fies vem em parte de fiadores e tamb�m de um fundo com contribui��o das empresas de educa��o. Caixa Econ�mica Federal e Banco do Brasil s�o os agentes financeiros, mas n�o abrem detalhes, sob a justificativa de que a gest�o do programa � do governo. O produto tem taxas de juros de 3,4% ao ano e prazo m�dio de 18 anos.

No ano passado, um relat�rio do Morgan Stanley estimava que os calotes no Fies podiam chegar a 27% em 2017, considerando atrasos acima de 365 dias. Segundo os analistas Javier Martinez de Olcoz Cerdan e Thiago Bortoluci, os calotes podem consumir o fundo garantidor.

Com as restri��es no programa federal, o potencial de migra��o para o cr�dito privado � estimado em cerca de 500 mil contratos em 2015, o que � visto como uma porta de entrada de novos clientes para os bancos. Institui��es de ensino acreditam que o Fies ser� reduzido a um ter�o do volume do ano passado: foram 732.243 novos contratos em 2014, enquanto os desembolsos alcan�aram R$ 13,75 bilh�es, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE).

Em 2014, parcerias semelhantes com as que os bancos est�o firmando com institui��es de ensino foram fechadas com o setor varejista e n�o se provaram vantajosas. H� muitas vari�veis negativas no cr�dito estudantil, de acordo com Daniel Mitraud, superintendente do Santander Universidades. Os riscos s�o consider�veis, j� que se trata de um cr�dito de longo prazo e os clientes ainda n�o t�m renda.

A dilui��o desse risco, diz Mitraud, s� acontece com a participa��o das empresas de educa��o. Elas podem se responsabilizar por acompanhar a evas�o, por exemplo, ou subsidiar os juros. "Para o banco entrar sozinho sem a parceria com a universidade, o produto fica quase invi�vel. Com universidades considerando composi��o da taxa, viabiliza o cr�dito." Com 450 conv�nios, o Santander quer ampliar sua carteira de clientes universit�rios e estuda novas solu��es de cr�dito.

Nas companhias de ensino, a discuss�o envolve o comprometimento ou n�o do balan�o das empresas com a oferta de cr�dito. At� agora, a maioria dos grupos lan�ou programas em que os juros do parcelamento s�o bancados pela institui��o de ensino, e n�o pelo aluno.

Conflito

Em teleconfer�ncia com analistas, a Kroton reconheceu que h� um conflito de interesses entre os bancos e as institui��es de ensino. "O interesse de um banco e de uma companhia de educa��o nem sempre � parecido, porque queremos trazer o aluno mesmo sem cobran�a de juros, porque a margem operacional do aluno � positiva, mas o incentivo de um terceiro � olhar o risco do aluno", disse o diretor financeiro da Kroton, Frederico Abreu.

Jo�o Carlos Gomes da Silva, diretor da �rea de empr�stimos e financiamentos do Bradesco, descarta que haja conflito de interesses nas parcerias entre bancos e institui��es de ensino. As faculdades buscam o maior n�mero poss�vel de matriculados para fazer frente �s suas despesas fixas, e o banco quer o cliente do amanh�. "N�o temos tido dificuldade e a procura por conv�nio � crescente", disse. O Bradesco tem cerca de 50 conv�nios com institui��es de ensino e espera que esse n�mero cres�a pelo menos 11% este ano. O banco estuda novas fontes de recursos como, por exemplo, junto a organismos globais. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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