Questionado por jornalistas se haver� apetite do mercado por a��es da Caixa Seguridade, no caso de uma abertura de capital, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, respondeu que vai deixar para os rep�rteres consultarem. Depois ponderou que deve haver apetite dos investidores. Segundo o ministro, parte dos pr�ximos passos da abertura de capital da Caixa Seguridade ser� consultar "todos os parceiros".
Levy informou, na manh� desta quarta-feira, que o governo estuda abrir o capital do bra�o de seguros da Caixa ainda em 2015. De acordo com Levy, a atividade de seguros � muito relacionada ao n�vel de renda do pa�s. "Como em tantas outras �reas, o Brasil est� se transformando", afirmou. Ele disse que � preciso aproveitar o momento para que esse seja um instrumento de cria��o de poupan�a para a Caixa.
Afirmou ainda que ampliar o acesso ao mercado de seguros tem um efeito enorme sobre a qualidade de vida da popula��o. Ele disse que o governo apoia projetos de educa��o financeira, j� que, com o crescimento da renda do Pa�s, as pessoas precisam ser informadas para ter acesso �s diferentes formas de investimento. Levy se reuniu hoje com a presidente Dilma.
Infla��o
No dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgou o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de mar�o, que avan�ou 1,32% e levando a infla��o em 12 meses para 8,13%, acima da meta, portanto, Joaquim Levy disse que o Banco Central tem se expressado com clareza em rela��o � import�ncia do controle da infla��o e de tomar medidas cab�veis. "O BC tem sido completo em suas explica��es, o que nos d� total conforto", afirmou. O pr�prio Banco Central, no entanto, j� admitiu, em seu �ltimo relat�rio de infla��o, que a alta dos pre�os deve estourar a meta da infla��o em 2015.
Super�vit prim�rio
O ministro da Fazenda adiantou que n�o tem como avaliar a rela��o entre o super�vit prim�rio das contas do governo com o IPO da �rea de seguros da Caixa Econ�mica Federal. Ele reconheceu, no entanto, que o impacto poder� se dar pelo pagamento tributos em rela��o � opera��o. Deixou claro que receitas de privatiza��o n�o entram no c�lculo do super�vit prim�rio. Mas disse que h� outras "repercuss�es" do IPO que geram super�vit prim�rio.
"N�o h� estimativa de impacto fiscal", disse ele, reconhecendo que a opera��o de abertura do BB Seguridade (do Banco do Brasil) garantiu caixa para o governo por meio da cobran�a de tributos. A opera��o do BB Seguridade rendeu R$ 6,5 bilh�es para os cofres do governo em dezembro de 2013. "Se o movimento de fazer a oferta p�blica revelar um valor maior do que o registrado nos livros, essa renda adicional pode ser tributada. O momento em que essa tributa��o vai acontecer depende do momento em que a venda for efetivada", disse Levy.