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Estado de Minas

Fitch prev� que economia do Brasil ter� contra��o de 1% em 2015


postado em 09/04/2015 13:37

S�o Paulo, 09 - A ag�ncia de classifica��o de risco Fitch afirmou que a economia brasileira dever� ter contra��o de 1% neste ano, depois de crescer apenas 0,1% em 2014. Segundo a Fitch, que revisou de est�vel para negativa a perspectiva do rating BBB do Brasil, a m�dia de crescimento em tr�s anos do Brasil de apenas 1,5%, em compara��o com a m�dia de 3,2% dos pa�ses com rating BBB, destaca a natureza estrutural do fraco desempenho.

A ag�ncia comentou em relat�rio que o processo de ajuste macroecon�mico atualmente em andamento, se efetivamente for implementado, pode levar a uma retomada da confian�a e do crescimento em 2016 e depois, mas observou que o crescimento provavelmente vai permanecer abaixo daquele de outros pa�ses com o mesmo rating. "As perspectivas de crescimento no m�dio prazo depender�o amplamente da capacidade do governo de reverter a queda na confian�a e melhorar a competitividade da economia fazendo progresso em reformas microecon�micas", afirmou.

De acordo com a ag�ncia, a infla��o elevada e o duplo d�ficit ressaltam os desequil�brios macroecon�micos do Brasil. O IPCA est� pairando em 8% e a infla��o vai continuar enfrentando press�o durante 2015 devido � desvaloriza��o do real e aos aumentos dos pre�os regulados, afirmou. Em seguida, a Fitch prev� que a infla��o dever� se moderar em 2016 devido a um efeito de base favor�vel, uma recupera��o morna e uma pol�tica monet�ria mais apertada, "mas provavelmente permanecer� acima da m�dia de seus pares".

A Fitch ressalta tamb�m que o d�ficit em conta corrente atingiu 3,9% do PIB em 2014 e deve recuar apenas gradualmente. Embora os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) tenham se mantido resistentes at� agora, os riscos de deteriora��o est�o presentes, observou a ag�ncia, acrescentando que o aumento da d�vida externa tamb�m est� enfraquecendo a posi��o do pa�s.

As contas fiscais do Brasil se deterioraram acentuadamente em rela��o ao ano passado, afirmou a Fitch, tendo em vista que o d�ficit or�ament�rio atingiu 6,5% do PIB em 2014. A ag�ncia destaca que o Pa�s registrou o primeiro d�ficit prim�rio em v�rios anos. O peso da d�vida p�blica aumentou para 58,9% do PIB em 2014, em compara��o com a m�dia de 52,8% durante o per�odo de 2010 a 2013. "O fardo da d�vida � cada vez mais divergente da m�dia dos pares BBB, de 40% do PIB", afirmou.

A Fitch acredita que os d�ficits do setor p�blico devem permanecer elevados em 2015 e 2016 (em m�dia 5% do PIB), devido a dificuldades em alcan�ar as metas de super�vit prim�rio e ao aumento da carga de servi�os de juros.

"A recess�o econ�mica em 2015 e uma recupera��o moderada no pr�ximo ano devem continuar a colocar press�o ascendente sobre a trajet�ria da d�vida do governo, mesmo sob a suposi��o de que o Tesouro brasileiro n�o conceder� empr�stimos adicionais para o BNDES", afirmou.

O fraco desempenho econ�mico, a dificuldade na implementa��o de medidas fiscais em tempo h�bil e a materializa��o de passivos contingentes representam riscos de deteriora��o para a din�mica da d�vida do governo, citou a Fitch.

A��o negativa

A Fitch citou entre os fatores que podem provocar uma a��o negativa sobre a nota a continua��o do fraco desempenho econ�mico e a dificuldade de consolida��o das contas fiscais, bem como a "cristaliza��o de passivos contingentes materiais".

Outros fatores que seriam considerados negativos pela Fitch s�o: a confian�a reduzida na capacidade do governo de sustentar os ajustes em curso nos setores fiscal e macroecon�mico, e a deteriora��o da posi��o de reservas internacionais do Pa�s.

A ag�ncia ressalta que, por causa da perspectiva negativa, a an�lise n�o antecipa atualmente desdobramentos com alta possibilidade que levem a uma mudan�a positiva do rating.

Entre os acontecimentos que podem resultar na estabiliza��o da perspectiva da nota est�o: uma melhora da solidez e credibilidade das pol�ticas econ�micas que facilite a redu��o dos desequil�brios macroecon�micos e apoie mais ampla confian�a; uma consolida��o fiscal que ajude a trajet�ria da d�vida p�blica; e a gera��o de um ambiente mais prop�cio para investimento e crescimento.


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