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Estado de Minas

FMI diz que corrup��o � a trava do Brasil

Esc�ndalo na Petrobras, desconfian�a empresarial e risco de racionamento fazem fundo mudar e prever PIB negativo


postado em 15/04/2015 06:00 / atualizado em 15/04/2015 07:43

Al�m das mazelas macroecon�micos, o Brasil tem um s�rio problema de corrup��o que trava o desenvolvimento do pa�s, disse ontem o economista-chefe do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Olivier Blanchard, ao comentar as mais recentes proje��es do organismo para a economia global. O Fundo reconsiderou a estimativa feita em janeiro, que apontava alta de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano e passou a apostar numa retra��o de 1%. Foi o maior corte nas previs�es entre as principais na��es avaliadas no relat�rio “Panorama Econ�mico Mundial”, divulgado trimestralmente pela institui��o.

Na Am�rica Latina, o Brasil s� ficar� � frente da Venezuela, que sofrer� um tombo monumental, de 7%. Al�m do impacto da queda do petr�leo, o pa�s vive uma crise pol�tica grave e a progressiva desorganiza��o econ�mica. A maioria das na��es latino-americanas ter� desempenho positivo, como o M�xico, que deve avan�ar 3%. Com o peso que tem na regi�o, contudo, a economia brasileira ajudar� a conter o PIB da Am�rica Latina e do Caribe, que crescer� apenas 0,9%.

A baixa confian�a do setor privado, o risco de racionamento de energia e a queda dos investimentos em consequ�ncia do esc�ndalo na Petrobras est�o entre os motivos do mau desempenho brasileiro, de acordo com a an�lise dos t�cnicos do FMI. Al�m disso, o arrocho fiscal colocado em pr�tica pelo governo e a eleva��o das taxas de juros, embora sejam provid�ncias necess�rias para restaurar o equil�brio econ�mico e permitir a volta do crescimento, t�m, a curto prazo, efeitos recessivos no n�vel de atividade.

Ao comentar as avalia��es do Fundo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enfatizou a �nica men��o positiva ao pa�s contida no relat�rio – o elogio das medidas que est�o sendo implementadas para corrigir as distor��es do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. “Acho que chama a aten��o a import�ncia de a gente concluir o mais r�pido poss�vel toda a programa��o de ajuste fiscal, exatamente pela confian�a necess�ria que trar� para que possamos voltar a crescer”, afirmou.

Para Blanchard, fatores puramente econ�micos n�o explicam totalmente o desempenho negativo do pa�s. “Claramente, o Brasil tem um problema al�m da quest�o macroecon�mica. Tem um problema de corrup��o que esperamos seja resolvido. E h� v�rias reformas estruturais que s�o tamb�m necess�rias”, disse. No estudo, o FMI observa que o pa�s precisa promover mudan�as para aumentar a competitividade e a produtividade das empresas, bem como melhorar o sistema de educa��o.

O Fundo tamb�m piorou sensivelmente a estimativa para a infla��o brasileira em 2015. Em janeiro, os t�cnicos da institui��o acreditavam que o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) teria alta de 5,9%, mas, agora, a previs�o � bem mais pessimista: 7,8%, bem acima do limite de toler�ncia, de 6,5%, estabelecido pelo governo.

Na lanterna O desempenho econ�mico ruim do Brasil, segundo o relat�rio, destoa do que � observado no resto do mundo. Mesmo considerando que o PIB poder� voltar ao terreno positivo em 2016, quando dever� crescer 1%, as previs�es s�o bem piores do que as do conjunto dos pa�ses emergentes. A �ndia, por exemplo, dever� avan�ar 7,5% neste ano, enquanto a China, que est� em desacelera��o, ter�, mesmo assim, um avan�o de 6,8%. Somente a R�ssia, que sofre com a queda do petr�leo no mercado mundial e enfrenta um bloqueio internacional por causa do conflito com a Ucr�nia, ter� desempenho pior, uma forte recess�o de 3,8%.


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