Expectativa de aumento da carne eleva proje��o de infla��o para abril da Fipe

S�o Paulo, 17 - A alta nos pre�os da carne no atacado deve chegar em breve ao consumidor paulistano, de acordo com previs�o do economista e coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), Andr� Chagas, que j� elevou sua previs�o para o �ndice fechado de abril de 1,01% para 1,03%. Para o ano, a proje��o para a infla��o na capital paulista segue em 6,00%.

A expectativa da Fipe � que o grupo Alimenta��o feche o m�s em 0,62% e n�o mais em 0,50%, como estimado antes. "Aumentamos a proje��o por causa das carnes, que est�o vindo com menos defla��o e tamb�m devido � press�o de alguns alimentos industrializados como �leo, leite e de itens semielaborados, que est�o com comportamentos mais inflados", explicou.

De acordo com Chagas, o varejo ainda n�o est� sentindo a alta dos pre�os da carne ao produtor, mas deve come�ar a sentir neste momento de oferta menor. "No grupo Alimenta��o, h� movimentos contr�rios, em que algumas altas n�o vieram t�o fortes, enquanto outras come�aram a perder f�lego de queda no IPC da segunda leitura de abril, como � o caso da carne bovina (de -1,72 para -1,22%). Na ponta (pesquisa mais recente) est� subindo 0,92%", disse.

Para o economista da Fipe, o movimento "d�bio" no grupo Alimenta��o diz respeito �s d�vidas de produtores e varejistas de elevarem ou n�o os pre�os neste momento de desaquecimento do mercado de trabalho e redu��o na renda real das fam�lias. "O ofertante est� com um problema s�rio: ou repassa e corre risco de n�o vender, ou mant�m o pre�o e reduz sua margem para continuar vendendo", explicou.

Os aumentos recentes nas tarifas de energia el�trica e nos pre�os dos combust�veis e o d�lar mais caro s�o apontados por Chagas como fatores que levam incertezas quanto ao repasse ou n�o dos custos.

Na segunda quadrissemana do m�s (�ltimos 30 dias terminados na quarta-feira, 15), o grupo Alimenta��o teve alta de 0,47%, contra 0,42% na medi��o anterior e de 0,72% no fechamento de mar�o. J� o IPC ficou em 0,88% ante 0,68% e acima do que era previsto pela Fipe (0,84%).

Apesar da estimativa de alta nas carnes nos pr�ximos dias, o item, disse Chagas, ajudou a segurar um aumento maior do IPC no per�odo, j� que ainda registrou defla��o.