Washington, 18 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tratar� da nova pol�tica econ�mica brasileira, da reforma de cotas do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), das perspectivas da economia global e dos riscos associados � esperada eleva��o dos juros americanos na declara��o preparada para a reuni�o de hoje do Comit� Internacional Monet�rio e Financeiro (IMFC).
O comit�, o �rg�o pol�tico mais importante do Fundo, � formado por 24 ministros, representa os 188 pa�ses membros e formula a cada semestre as linhas gerais de trabalho da institui��o. O ministro brasileiro fala em nome do Brasil e de mais dez pa�ses agrupados num conjunto de cotas e votos.
Como outros ministros, Levy reclamar� do atraso da reforma de cotas e votos decidida no FMI em 2010 e ainda emperrado no Congresso dos Estados Unidos. Essa reforma deveria ter entrado em vigor em 2014, mas o Executivo americano continua incapaz de resolver o impasse com os parlamentares.
Sem a nova redistribui��o de cotas e de poder de votos, o Fundo poder� ter problemas de financiamento. V�rios emergentes, inclu�do o Brasil, refor�aram a capacidade de a��o do Fundo nos �ltimos anos, comprometendo-se a participar do Novo Arranjo para Empr�stimos. A participa��o � volunt�ria e v�rios governos condicionaram a ades�o ao avan�o do programa de reformas. Sem detalhes, a declara��o de Levy lembra o risco, para o Fundo, de perder recursos se o impasse continuar sem solu��o.
Sa�da
Desde o ano passado se discute uma solu��o provis�ria para o impasse, uma forma de contornar o problema criado pelo Congresso americano. O assunto foi examinado ontem numa reuni�o entre ministros do Grupo dos 20 (G-20), formado pelas maiores economias desenvolvidas e emergentes, e o novo presidente do IMFC, o mexicano Agustin Carsten. A solu��o provis�ria dever� ser aplicada se o projeto de reforma, em junho, ainda estiver emperrado no Congresso americano.
Duas sa�das t�m sido examinadas. O governo brasileiro prefere desligar a solu��o provis�ria das cotas da proposta de reforma da governan�a do FMI e essa posi��o foi inclu�da na declara��o preparada para a reuni�o de hoje. O governo prefere retomar integralmente, quando chegar a ocasi�o, o projeto de nova governan�a discutido em 2010.
Levy apresenta sumariamente o programa de ajuste rec�m-iniciado no Brasil e menciona a necessidade de medidas em outras �reas para tornar a economia mais eficiente e refor�ar o potencial de crescimento.
A maior parte das refer�ncias � economia global � descritiva, mas a mensagem � de preocupa��o quando se trata do esperado aperto da pol�tica monet�ria americana, apontada como prov�vel fonte de instabilidade financeira e de movimentos especulativos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.