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Estado de Minas

Teles cortam investimentos em 2015


postado em 20/04/2015 07:49

Rio, 20 - O setor de telecomunica��es deve frear os investimentos em infraestrutura neste ano, diante do cen�rio macroecon�mico adverso, o que pode significar a deteriora��o dos servi�os na vis�o de especialistas. A previs�o � de somar R$ 21,7 bilh�es, ou 0,37% do Produto Interno Bruto (PIB), queda de 26% frente aos R$ 29,3 bilh�es de 2014 e abaixo do patamar de 2013 (R$ 22,2 bilh�es), revela estudo da Inter.B Consultoria a que o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, teve acesso com exclusividade.

O presidente da Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel), Jo�o Rezende, disse ao Broadcast que h� uma press�o sobre as teles, principalmente as m�veis, pela migra��o acelerada dos usu�rios do 2G para o 3G, o que faz com que o tr�fego de dados aumente - o n�mero de usu�rios que migra de tecnologia �, em m�dia, de 3 milh�es por m�s, disse. "Os investimentos t�m de ser acelerados para atender a essa demanda, n�o h� d�vida", afirmou.

A retra��o prevista pela Inter.B significar� uma interrup��o do movimento de recupera��o que ocorreu em 2014 ante o ano anterior. Na passagem de 2012 para 2013, as operadoras de telecomunica��es, ao lado da Telebr�s, j� tinham reduzido os investimentos, e, no per�odo seguinte, elevado.

O levantamento, com base no balan�o das companhias, considera apenas gastos com infraestrutura, o que exclui, por exemplo, disp�ndios com licen�as. "Todo o investimento em infraestrutura est� sendo afetado pelas condi��es macroecon�micas que o Pa�s vive, com forte ajuste fiscal e aumento dos juros, que significa eleva��o do custo do capital. Certamente n�o � um ambiente que estimule o investimento, principalmente os de capital intensivo, que s�o muito pesados", afirmou Cl�udio Frischtak, s�cio da Inter.B.

Na vis�o do especialista, entre os principais desafios do setor atualmente est�o a extens�o e a qualidade da cobertura. "As operadoras t�m que investir, amortizar e retornar o dinheiro para os acionistas, n�o � simples essa equa��o." Um dos par�metros utilizados para medir a qualidade dos servi�os � a velocidade de acesso, explicou.

Para Frischtak, o Brasil est� em uma situa��o que destoa de outros pa�ses nesse aspecto. No terceiro trimestre de 2014, a consultoria destaca que a velocidade m�dia da internet em dispositivos m�veis foi de 1,5 megabits por segundo (mbps), abaixo da �frica do Sul (2,5 mbps) e da �ndia (1,7 mbps).

Diante de um quadro de poss�vel retra��o dos investimentos, o presidente da Anatel declarou que a ag�ncia continuar� pressionando as empresas para melhorarem a qualidade e expans�o do servi�o. Apesar disso, Rezende ressalta que a decis�o dos investimentos � privada e n�o deve ser "engessada".

"O fato de diminuir os investimentos n�o significa que vai prejudicar diretamente o servi�o, porque pode estar atuando com mais efici�ncia. N�o vou entrar na quest�o da decis�o empresarial", afirmou Rezende. A ag�ncia "vai continuar cobrando qualidade dos servi�os e que investimentos tenham uma contribui��o decisiva para atender a essa demanda crescente por telecomunica��es", acrescentou.

Reclama��es

Frischtak destaca que, com a dissemina��o do uso da telefonia m�vel e internet, tamb�m se observa um aumento de reclama��es das teles. "� poss�vel que este aumento esteja relacionado com a queda de investimentos."

O setor � um dos campe�es de reclama��es no Brasil. Dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Minist�rio da Justi�a, mostram que os atendimentos em Procons do Pa�s relacionados �s oito principais operadoras v�m subindo ano a ano. Foram 601.095 em 2014, contra 515.168 em 2013 e 360.513 em 2012, altas de 16,7% e 42,9% na compara��es anuais, respectivamente.

� preciso destacar que o n�mero de Procons integrados ao Sindec tamb�m subiu no per�odo, mas numa propor��o menor: 13,6% entre 2013 e 2014 e 27,3% de 2012 para 2013. Ao final do ano passado, eram 360 Procons, que registram um porcentual m�dio de resolu��o de demandas acima de 80%.

"A tend�ncia � que, na medida em que h� um cen�rio de dificuldade econ�mica e n�o existam normas que estimulem os investimentos, a situa��o se agrave", afirmou a advogada Fl�via Lef�vre, conselheira da Associa��o Proteste.

Na vis�o dela, a Anatel permite que as empresas fa�am investimentos de acordo com seus interesses econ�micos. "Por isso, h� uma concentra��o de investimentos em regi�es onde h� um n�mero maior de consumidores corporativos e de alta renda. As empresas, ao mesmo tempo, priorizam a distribui��o de lucros para sua matrizes e isso causa degrada��o dos servi�os", disse.

O presidente da ag�ncia reguladora rebateu a cr�tica. Para Rezende, as operadoras precisam buscar rentabilidade em mercados mais lucrativos. "Se n�o fosse assim, n�o existiriam servi�os em �reas que n�o gerassem rentabilidade. E cobramos isso", afirmou. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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