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Estado de Minas

Ap�s preju�zo de R$ 22 bi, Petrobras tem desafio de buscar rentabilidade

Resultado da Petrobras poder� acalmar investidores, mas analistas alertam para medidas de supera��o da crise


postado em 23/04/2015 06:00 / atualizado em 23/04/2015 07:41

Bras�lia – A repercuss�o do balan�o da Petrobras foi positiva no Pal�cio do Planalto e deve agradar ao mercado financeiro, na opini�o de especialistas, mas n�o reduz os grandes desafios que a empresa tem pela frente. A estatal precisa retomar o caminho da rentabilidade e enfrentar as a��es judiciais em que � r� nos Estados Unidos, envolvendo indeniza��es bilion�rias, al�m de apresentar novo plano de neg�cios. “O Planalto avalia que � a supera��o de uma fase e a Petrobras ter� todas as condi��es de retomar seus projetos”, afirmou em nota o governo.


Para os analistas do setor, de bancos e corretoras, o valor das perdas com a corrup��o lan�ado nos resultados da companhia, de R$ 6,2 bilh�es, n�o foi assustador como se cogitava. “Os n�meros v�o dar uma certa tranquilidade ao mercado. N�o foi um valor muito alto, apesar da subjetividade dos crit�rios de apura��o”, analisou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Em nota divulgada no fim da noite de ontem, o presidente do PSDB, A�cio Neves, disse que os dados do balan�o da Petrobras “mostram mais um cap�tulo de um filme de m� gest�o e corrup��o, envolvendo a estatal brasileira”.

A�cio defendeu que a estatal adote medidas para recuperar a sua capacidade de investimento como “eliminar a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora �nica do pr�-sal, voltar a usar o regime de concess�o da Lei 9.478/1997 (Lei do Petr�leo), profissionalizar a gest�o da Petrobras e o Conselho de Administra��o da companhia”.  Na avalia��o de Alex Agostini, analista da Austin Rating, como o valor das perdas com corrup��o veio mais baixo do que se esperava — a estimativa chegou a R$ 20 bilh�es —, o mercado deve reagir de forma positiva a partir de hoje.

“O temor que permanece � se a empresa vai conseguir se financiar. Se conseguir� fazer as capta��es necess�rias. Porque se isso n�o ocorrer, ela ter� que recorrer ao Tesouro Nacional e isso pode colocar em xeque a classifica��o de risco do pa�s”, alertou. Agostini tamb�m destacou que a divulga��o de ontem explicou, ainda, como ser�o restruturadas as obras da Petrobras. Para Adriano Pires, da CBIE, a divulga��o do balan�o deu a dimens�o do estrago que foi feito na empresa. “O preju�zo de 2014 foi do tamanho do lucro da empresa em 2013. Houve uma queda brutal nos investimentos. Se a companhia quiser retomar a lucratividade, tem um muito trabalho pela frente”, afirmou o diretor do CBIE.

Na avalia��o do especialista em Direito Empresarial Adelmo Emerenciano, s�cio do escrit�rio Emerenciano, Baggio Associados, a Petrobras adotou um crit�rio muito simpl�rio para apurar as perdas com a corrup��o. “Ela simplesmente colocou os 3% das propinas pagas em cima dos contratos. Isso mostra que a companhia n�o apurou nada. Al�m disso, se coloca como v�tima e n�o como protagonista das fraudes que ocorreram na tentativa de evitar puni��es mais severas da SEC (Securities and Exchange Commission, �rg�o americano equivalente � Comiss�o de Valores Mobili�rios)”, disse.

O advogado Marcelo Gotke destacou que a class action em andamento na corte de Nova York, contra a estatal, poder� se valer dos dados apresentados ontem pela companhia para aumentar os pedidos de indeniza��o. “A lei americana n�o � como a brasileira, que impede mudan�as nas a��es. L� (nos EUA) � poss�vel ajustar os pedidos conforme as provas forem sendo apresentadas”, assinalou.


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