O comportamento positivo do setor de servi�os foi a grande surpresa que ajudou no resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de mar�o, anunciado nesta quinta-feira, pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE). A avalia��o � do economista-chefe da Parallaxis Consultoria, Rafael Le�o, que, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, ponderou, no entanto, que o desempenho do segmento deve ser moment�neo, com uma tend�ncia de migra��o para um cen�rio parecido com os dos demais setores pesquisados, quem v�m mostrando elimina��o de vagas.
"Como podemos ver na abertura por setores, praticamente todos encerraram postos de trabalho, com destaque para a ind�stria e constru��o civil, que s�o as que mais t�m sofrido com a desacelera��o da atividade econ�mica recente", destacou Le�o. "Por outro lado, servi�os surpreenderam, com uma cria��o de postos de trabalho forte", complementou, ressaltando, por�m, que o n�mero deste setor veio abaixo dos resultados de mar�o de anos anteriores.
Segundo o MTE, o saldo l�quido de empregos formais gerados no terceiro m�s de 2015 ficou positivo em 19.282 postos de trabalho, sem ajuste sazonal. O setor de servi�os foi o respons�vel pela maior gera��o de vagas formais de trabalho em mar�o, com um saldo positivo de 53.778 postos. Em contrapartida, os destaques negativos foram a constru��o civil, que fechou 18.205 vagas, e a ind�stria de transforma��o, com elimina��o de 14.683 postos.
O resultado do Caged ficou perto do teto das expectativas dos economistas do mercado financeiro. No levantamento do AE Proje��es, as previs�es iam de uma elimina��o de 70 mil vagas a uma cria��o de 20 mil vagas, com mediana negativa de 20.800 postos. A Parallaxis Consultoria estava mais pr�xima do piso da pesquisa, j� que aguardava um saldo negativo de 59.738 vagas.
"O que nos d� a entender � que essa cria��o de vagas em servi�os pode ser moment�nea, em fun��o de uma conjuntura um pouco mais espec�fica relegada a esse setor, mas que ao longo dos pr�ximos meses deve tamb�m ser impactado pela desacelera��o da atividade brasileira de modo geral", afirmou Rafael Le�o ao Broadcast. "Por fim, o setor pode estar se mostrando um pouco mais resiliente, mas deve ceder como os demais ao longo do ano."
