Bras�lia, 29 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, 29, que as pol�ticas antic�clicas n�o podem ser permanentes e reiterou que o Brasil precisa se adaptar a essa realidade. "Uma hora essa pol�tica se esgota e o dinheiro acaba. Com nossos principais parceiros saindo, a m�sica mudou, e o governo resolveu mudar porque, sen�o, ir�amos para uma situa��o muito grave", afirmou, durante audi�ncia nas Comiss�es de Finan�as e Tributa��o, de Desenvolvimento Econ�mico e de Trabalho da C�mara dos Deputados.
"A pol�tica fiscal americana passou a ser contracionista e o d�ficit est� desaparecendo outra vez. A pol�tica monet�ria tamb�m passou a dar sinais disso. E a China tamb�m percebeu que n�o era permanente e hoje est� em uma mudan�a estrutural muito cautelosa, mas tamb�m saindo da pol�tica antic�clica."
Levy mencionou a presidente Dilma Rousseff para dizer que as pol�ticas para prote��o da renda se esgotaram. "Por isso a import�ncia da reengenharia das pol�ticas do Brasil, deixando de s� estimular a demanda para facilitar a oferta, e o primeiro passo para isso � recuperar confian�a", disse.
"O risco fiscal � maior que todos os outros riscos. O risco fiscal � como se algu�m estivesse fazendo um castelo na praia, de areia. Se tivemos desequil�brio fiscal, � como a onda que passa e leva tudo. Ent�o ningu�m vai construir. O investidor se retrai", acrescentou.
Levy reiterou que as pol�ticas adotadas pelo governo neste ano t�m o objetivo de recuperar a confian�a. "Enquanto o governo n�o deu essa linha, no fim do ano passado, vimos as receitas caindo, o PIB caindo, por isso ainda estamos nos ressentindo disso", afirmou. "O PIB n�o vai cair por causa do ajuste fiscal. Temos que faz�-lo e conclu�-lo rapidamente para o PIB poder voltar a crescer."