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Estado de Minas

Setor de m�quinas patina 52% em Minas

Varia��o cambial eleva faturamento do setor, previs�o � de queda no ano. Em Minas, vendas recuam 52%. Empresas sofrem efeitos do esc�ndalo na Petrobras e vivem situa��o de colapso


postado em 07/05/2015 06:00 / atualizado em 07/05/2015 07:26

A varia��o cambial ajudou a ind�stria de m�quinas e equipamentos a elevar o faturamento em 16,8% em mar�o, na compara��o com o m�s anterior. No total, o setor faturou R$ 7,023 bilh�es, alta de 16,1% se comparado ao mesmo per�odo do ano passado. No entanto, a expectativa da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq) � fechar o ano em estagna��o ou com queda de at� 5%. Segundo especialistas, o c�mbio ajudou, mas ainda � insuficiente para reverter o cen�rio de dificuldades que o setor enfrenta, com queda de 16,8% nas vendas para o mercado interno em mar�o, se comparado a fevereiro. Os dados foram divulgados ontem, pela Abimaq. “Apesar de o faturamento estar acima da m�dia registrada em 2014, ele apresenta �ndices abaixo da m�dia hist�rica. Aumentamos o faturamento por conta do c�mbio, mas n�o aumentamos o volume de produ��o”, explicou Carlos Buch Pastoriza, presidente da Abimaq.


Em Minas Gerais, a expectativa � de queda ainda mais acentuada, na casa dos 7%, de acordo com o diretor-regional da Abimaq, Marcelo Luiz Moreira Veneroso. Segundo ele, influenciada principalmente pela baixa na ind�stria de siderurgia e minera��o. “Nosso estado sofre mais que o pa�s. No primeiro trimestre, tivemos uma queda de 51,83% no faturamento real da ind�stria de m�quinas e equipamentos. � o pior cen�rio desde a crise de 2009”, afirmou. Os �ndices ruins s�o reflexos da falta de confian�a e queda nos investimentos por conta de juros mais altos e escassez de recursos.

Pastoriza ressaltou ainda as dificuldades que o setor passou a enfrentar depois da Opera��o Lava-Jato, que envolve o esquema de corrup��o entre a Petrobras e empreiteiras, que gerou d�ficit nas contas dos fabricantes que passaram a n�o receber dos seus clientes. “V�rios fabricantes est�o em situa��o de colapso. Entraram em ser�ssimas dificuldades, deixaram de pagar fornecedor e tiveram que demitir. Isso coloca toda a cadeia em risco”, afirmou. Ainda de acordo com o presidente, precisa haver uma solu��o para o problema, que empreiteiras ou Petrobras paguem os fabricantes para preservar a ind�stria.

Demiss�es
A ind�stria brasileira de m�quina e equipamentos registrou tamb�m queda de 1,1% no seu quadro de pessoal em mar�o de 2015 ante fevereiro. Foram fechadas no per�odo 2.606 vagas. No m�s, o setor somou 241.036 empregados. Desde janeiro de 2014 foram fechados 20,9 mil postos de trabalho. O d�ficit comercial do setor no pa�s apresentou retra��o de 12,6% no trimestre, para US$ 3,082 bilh�es. Em mar�o, na compara��o com mar�o do ano passado, houve queda de 29,3%. J� na compara��o com fevereiro, o d�ficit comercial caiu 9,1%, para US$ 939 milh�es.

J� o consumo aparente de m�quinas e equipamentos atingiu R$ 29,832 bilh�es nos tr�s primeiros meses de 2015, eleva��o de 3,9% ante o mesmo per�odo do ano anterior. Em mar�o ante fevereiro houve alta de 16,2%. J� na compara��o com o mesmo m�s de 2014, a alta foi de 10,2%. O N�vel de Utiliza��o da Capacidade Instalada (Nuci) do setor fechou mar�o em 69,7%, queda de 0,3% ante fevereiro e retra��o de 8,8% na compara��o com mar�o de 2014. na ind�stria de m�quinas e equipamentos.

As exporta��es somaram US$ 2,812 bilh�es no acumulado do ano at� mar�o, queda de 11,9% ante os tr�s primeiros meses de 2014. Em mar�o, as vendas externas chegaram a US$ 1,235, alta de 55,9% em rela��o a fevereiro e de 21,9% na compara��o com o mesmo m�s do ano anterior. As importa��es somaram US$ 6,614 bilh�es no primeiro trimestre, queda de 12,7% em rela��o ao primeiro trimestre de 2014.

 

Constru��o prop�e sa�das

 

Com o desaquecimento da economia, o setor de constru��o civil quer que o governo adote medidas para acelerar os investimentos. “Os n�meros s�o preocupantes e, perante os dados negativos, resta a busca de solu��es, as quais passam pelas PPP’s (parceria p�blico-privada) para a retomada de projetos que est�o sob responsabilidade do poder p�blico”, afirmou ontem o presidente da C�mara da Ind�stria da Constru��o da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Camargos Diniz. As concess�es p�blicas, segundo ele, s�o outro est�mulo ao setor.

Ele defende que os governos superem obst�culos para adotar medidas que de fato permitam a retomada do crescimento econ�mico. “Nossa preocupa��o � que os governos n�o adotem isso (concess�es) por n�veis ideol�gicos e (defendemos) que todos os governos que tenham ‘problemas’ ideol�gicos revisem seu conceito”, afirmou o executivo, acrescentando que a burocracia � outro entrave � constru��o civil. Ele cita um estudo da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o Civil (CBIC), o qual mostra que a burocracia encarece em at� 12% o pre�o final do im�vel. Em todo o pa�s, esse percentual representa algo em torno de R$ 18 bilh�es.

Apesar da crise econ�mica, o presidente da C�mara da Constru��o da Fiemg avalia que a maior feira do setor no estado, que ocorre de 24 a 27 de junho, no Expominas, deve movimentar R$ 100 milh�es em neg�cios, repetindo o desempenho de 2014. O p�blico esperado � de 30 mil pessoas.

Cen�rio Diante dos dados negativos, o �ndice de confian�a do empres�rio da ind�stria da constru��o civil de Minas Gerais fechou abril abaixo dos 50 pontos pelo 13º m�s consecutivo. Desta vez, o indicador ficou em 31 pontos, o menor desde o in�cio da s�rie hist�rica, em janeiro de 2010. O indicador nacional ficou em 39,2. O �ndice oscila de zero a 100 e a pontua��o 50 � considerada o equil�brio entre o cen�rio de pessimismo e o de otimismo. O n�vel de atividade tamb�m est� abaixo da metade: fechou mar�o em 35,3 pontos. 


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