Bras�lia, 07 - A ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que elevou a Selic para 13,25% ao ano, jogou apenas para o final do ano que vem, e n�o mais "ao longo do ano", como estava no documento anterior, a converg�ncia da infla��o para a meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN).
No par�grafo 30, os diretores voltaram a dizer que a demanda agregada tende a se apresentar moderada no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria. Eles, no entanto, suprimiram do documento a express�o "crescimento" usada na ata anterior para fazer a avalia��o sobre renda e cr�dito. E agora tamb�m acrescentaram o emprego como mais um fator - ao lado dos outros dois - de estabiliza��o do consumo das fam�lias.
De outro lado, conforme o colegiado, o financiamento imobili�rio, a concess�o de servi�os p�blicos e a amplia��o da renda agr�cola, entre outros, tendem a favorecer os investimentos. Ao contr�rio da ata de mar�o, o BC n�o mencionou mais as "condi��es financeiras relativamente favor�veis" que haviam sido ligadas a esses motores de investimento. Os diretores voltaram a dizer que as exporta��es devem ser beneficiadas pelo cen�rio de maior crescimento de importantes parceiros comerciais e pela deprecia��o do real.
"Para o Comit�, os efeitos conjugados desses elementos, os desenvolvimentos no �mbito parafiscal e no mercado de ativos e, neste ano, a din�mica de recomposi��o de pre�os administrados, s�o fatores importantes do contexto no qual decis�es futuras de pol�tica monet�ria ser�o tomadas, com vistas a assegurar a converg�ncia da infla��o para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN, ao final de 2016", diz o fim do par�grafo.
Ambiente Externo
A ata do Copom manteve inalterados os par�grafos 21 e 22, que tratam do cen�rio internacional. O colegiado considerou que, desde sua �ltima reuni�o, permaneceram elevados os riscos para a estabilidade financeira global, a exemplo dos derivados de mudan�as na inclina��o da curva de juros em importantes economias maduras.
"Apesar de identificar baixa probabilidade de ocorr�ncia de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o Comit� pondera que o ambiente externo permanece complexo", escreveram os diretores do BC no documento. Segundo eles, prevalece a tend�ncia de uma atividade global mais intensa ao longo do horizonte relevante para a pol�tica monet�ria.
O Copom continua a apostar que haver� recupera��o da atividade em algumas economias maduras e intensifica��o do ritmo de crescimento em outras, ainda que siga limitado o espa�o para a pol�tica monet�ria e prevale�a um cen�rio de restri��o fiscal. "Importantes economias emergentes experimentam per�odo de transi��o e, por conseguinte, de modera��o no ritmo de atividade, em que pese a resili�ncia da demanda dom�stica", trouxe o par�grafo 21.
No trecho seguinte, o Copom destacou evid�ncias de focos de volatilidade nos mercados de moedas e modera��o na din�mica dos pre�os de commodities. Especificamente sobre o petr�leo, o comit� voltou a alertar que, independentemente do comportamento dos pre�os dom�sticos da gasolina, a evolu��o dos pre�os internacionais tende a se transmitir � economia dom�stica. Isso ocorrer�, de acordo com o BC, tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroqu�mica, quanto por interm�dio das expectativas de infla��o.