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Estado de Minas

Banco Central prev� infla��o dentro da meta apenas em 2016


postado em 08/05/2015 00:01

Bras�lia, 07 - A tarefa de levar a infla��o para a meta de 4,5% no ano que vem est� mais complicada do que o imaginado inicialmente e dever� ser cumprida apenas no fim de 2016, admitiu nesta quinta-feira, 7, o Banco Central. Com isso, dissipou-se entre os economistas a d�vida sobre se o ciclo de alta da taxa b�sica de juros, que come�ou logo depois das elei��es de outubro, havia terminado. A Selic est� hoje em 13,25% ao ano.

� certo, segundo esses profissionais, que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) promover� no in�cio de junho uma nova eleva��o dos juros. O debate agora � entre um aumento entre 0,25 e 0,50 ponto porcentual. J� se fala que o colegiado n�o ter� como escapar de aumentar a taxa para 14% em algum momento deste ano, patamar que n�o � visto nos �ltimos nove anos.

O recado de que a situa��o piorou veio na ata da �ltima reuni�o, realizada na semana passada, e que trouxe a an�lise de que o balan�o de riscos para a infla��o passou de "menos favor�vel" para "desfavor�vel". No documento, o BC diz que a converg�ncia da infla��o para a meta se dar� no fim do ano. No anterior, a hip�tese era a de que essa aproxima��o dos pre�os para o objetivo se daria ao longo de 2016.

Para mostrar que est� firme em sua miss�o de conter a alta dos pre�os, o colegiado recuperou uma express�o usada pela �ltima vez em dezembro: "a pol�tica monet�ria deve manter-se vigilante." Esta foi a senha para os analistas come�arem a rever seus cen�rios.

Vale lembrar que no Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) de mar�o, a diretoria da institui��o j� contava com chance de 90% de estouro da meta esta ano. De l� para c�, n�o houve altera��o das previs�es do BC para o IPCA de 2015 e 2016.

O BC tamb�m enfatizou que n�o vai soltar as r�deas da infla��o e que combater� ainda este ano os efeitos secund�rios das principais press�es da infla��o atualmente. S�o elas os pre�os monitorados e administrados pelo governo, como tarifas de energia el�trica e transporte p�blico, e tamb�m a alta do d�lar. Os membros do comit� trabalharam com c�mbio de R$ 3,00 para fazer seus progn�sticos e alta de 11,8% e 5,3% para os administrados neste e no pr�ximo ano.

O que pode gerar algum al�vio futuro para a infla��o, ainda que o colegiado siga vendo uma press�o dos sal�rios sobre os pre�os, � a expectativa de piora no mercado de trabalho. De acordo com a ata, a estreita margem de ociosidade j� d� ind�cios de distens�o, o que pode ser traduzido como aumento do desemprego.

A ata de hoje trouxe tamb�m que o consumo das fam�lias deve se estabilizar, justamente por conta de itens como emprego, renda e cr�dito - ali�s, a avalia��o de crescimento para estes dois �ltimos que era registrado no documento de mar�o foi suprimido agora. As condi��es financeiras "relativamente favor�veis" mencionadas na ata anterior, principalmente para o mercado imobili�rio, tamb�m n�o constam mais da nova edi��o.

Em meio � vota��o de medidas fiscais no Congresso Nacional, o BC alertou ainda para um "per�odo necess�rio" de ajustes da economia. Tamb�m j� v� diminui��o dos investimentos - nas palavras da institui��o isso se d� por conta de eventos "n�o econ�micos", o que pode ser exemplificado por crise pol�tica e esc�ndalos de corrup��o.

"Em linha com essas sinaliza��es, alteramos o nosso cen�rio e passamos a considerar um novo aumento de 50 pontos porcentuais em junho", disse o economista-chefe da Conc�rdia Corretora, Fl�vio Combat. Essa decis�o, de acordo com ele, levar� em conta o vi�s contracionista da pol�tica fiscal, o impacto recessivo do aperto monet�rio sobre a atividade j� combalida, os efeitos defasados da alta de juros e a rea��o do mercado de trabalho.

A equipe do Bradesco tamb�m considerou que a ata descartou neste momento o encerramento do ciclo de juros e prev� nova alta em junho, apesar de argumentar que o momento � de "fort�ssima recess�o" que pode se agravar ainda mais com o aumento da Selic. At� l�, segundo os economistas do banco, muitas informa��es novas poder�o fortalecer a convic��o do BC em rela��o a um novo aumento de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50 ponto porcentual.

#ET


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