A infla��o persistentemente acima do teto da meta perseguida pelo governo, que � de 6,5%, � consequ�ncia do adiamento de decis�es estrat�gicas e de desafios estruturais no lado da produ��o, avalia a Federa��o do Com�rcio do Rio de Janeiro (Fecom�rcio-RJ). Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) informou que a infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a 0,71% em abril, mas avan�ou a 8,17% em 12 meses, a maior taxa desde dezembro de 2003.
"As li��es ficam particularmente claras no caso da energia. Conforme evidenciam as duas �ltimas leituras do IPCA, na economia, os custos de adiar decis�es estrat�gicas no passado perduram por mais tempo do que o previsto", afirma a entidade em nota.
Nem o aumento dos juros pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) tem conseguido conter o avan�o de pre�os, notou a Fecom�rcio-RJ. A raz�o para isso � os problemas estruturais que o Pa�s enfrenta para voltar a crescer e ampliar seu Produto Interno Bruto (PIB) potencial.
"Investimentos se d�o sob premissas de longo prazo, pautadas por seguran�a jur�dica e viabilidade econ�mica, inspiradoras de confian�a", enfatizou a entidade. A Fecom�rcio-RJ pondera, contudo, que as medidas de ajuste fiscal, o apoio do governo aos investimentos em infraestrutura e o "afrouxamento de amarras trabalhistas" contribuem para recolocar o Brasil na dire��o correta.