
Abrir um neg�cio com baixo investimento e pouco risco � o sonho de 10 entre 10 empreendedores. Um sonho que pode muito bem ser realizado. Depois da onda dos food trucks, que trouxeram charme e um toque gourmet para as comidas comercializadas nas ruas, � a vez de o food bike chegar � capital mineira. A novidade j� virou mania em S�o Paulo, onde h� bicicletas especialmente montadas para vender vinho, brigadeiro, hamb�rger, caf�, sucos, chup-chups, bolos, cupcakes e o que mais vier � cabe�a de quem tem um talento culin�rio e quer test�-lo sem correr grandes perigos (e investimentos). Em Belo Horizonte, a moda come�ou com a Kiwi Sucos e a Cad� Meu Brigadeiro. Mas a tend�ncia � que se espalhe pela cidade. A novidade promete encher as ruas de charmosas bicicletas personalizadas para o com�rcio, emprestando um toque de colorido retr� � cidade.
O empres�rio Dimitri Oliveira, da Kiwi Sucos, conta que come�ou a pensar na possibilidade de abrir uma empresa de sucos em 2008, quando morava na China e conheceu uma rede de franquia de sucos integrais de alto padr�o. Em 2012, j� no Brasil, mais precisamente em Barbacena, na Zona da Mata, ele teve a ideia de montar uma food bike e p�s o ve�culo para rodar – e vender sucos – nas ruas da cidade. “No in�cio foi complicado, porque as pessoas em Minas, principalmente no interior, olham para as novidades com desconfian�a, mas depois, com o boca a boca, o mercado foi conquistado.” Em seguida, toda a log�stica foi transferida para a capital mineira, com uma loja na Avenida Contorno e uma franquia no Bairro Mangabeiras.

Oliveira explica que o p�blico mais frequente de um empreendimento est� a cerca de 100 metros de sua localiza��o. E � essa �rea de influ�ncia prim�ria que faz um neg�cio girar. Como forma de aumentar o raio de abrang�ncia da Kiwi Sucos sem gastar muito dinheiro, a op��o foi partir para a food bike. “Um caf� tem �rea de influ�ncia de 100 metros. No caso de uma Starbrucks (rede norte-americana de caf�s), s�o tr�s quil�metros. J� para a Disney, s�o 15 mil quil�metros. Usamos a food bike para expandir nossa �rea de influ�ncia, que hoje j� chega a 1,5 quil�metro gra�as ao food truck e � food bike, que funcionam como unidades m�veis, conquistando clientes que consomem os sucos das nossas lojas mesmo estando longe delas”, explica.
E a aposta deu certo. Em tempos de economia estagnada, o n�mero de atendimentos avan�a 25% ao m�s e a food bike j� responde por 10% a 15% do faturamento da empresa. “A maior parte do p�blico s�o mulheres entre 18 e 40 anos”, avisa o empres�rio. Al�m de percorrer diariamente rotas predeterminadas na regi�o da Savassi e avenidas do Contorno e Afonso Pena, fazendo as vendas de “porta em porta”, a food bike da Kiwi tamb�m costuma ser contratada para eventos. Os sucos, que custam entre R$ 6 e R$ 8 – os sabores mais pedidos s�o detox, yakult com morango, abacaxi ou ma�� e os funcionais, como os antioxidantes e supervitamina C – s�o levados num triciclo adaptado, com uma caixa refrigerada por placas de gel.
M�nica Drummond Galan, s�cia do Cad� Meu Brigadeiro, que surgiu em forma de um food truck que fica estacionado em algumas ruas de BH, conforme roteiro divulgado diariamente no Facebook, viu na food bike uma sa�da para atender ao mercado de eventos, j� que a Kombi dos brigadeiros n�o entra em qualquer lugar. A nova modalidade de neg�cios sobre rodas foi vista pelos propriet�rios pela primeira vez em Portugal e depois em S�o Paulo. “Achamos que a ideia era legal e conseguimos uma pessoa para fazer a bicicleta do jeito que imaginamos. Isso ocorreu h� tr�s meses e o investimento foi de R$ 8 mil”, diz. Agora, a food bike est� presente em festas, casamentos, eventos empresariais e at� em shoppings centers. “A participa��o no faturamento � pequena, mas essa modalidade de vendas � �tima para divulgar a Cad� Meu Brigadeiro. N�o vai demorar e muita gente vai querer fazer igual, trabalhando com outros produtos”, acredita.
TRICICLOS ADAPTADOS Rodrigo Frade, gerente da Dream Bike em S�o Paulo, explica que a empresa produz triciclos adaptados para empresas h� 17 anos, mas em setembro de 2014 a onda dos food trucks puxou a demanda pelas food bikes. “Quem vai trabalhar com venda de brigadeiro n�o precisa de um caminh�o. Da� come�ou a surgir essa demanda e passamos a montar o padr�o de triciclo. S�o tr�s modelos e cada cliente customiza o seu, adequando o ve�culo �s suas necessidades e adesivando”, explica. Cada triciclo custa R$ 3,1 mil. Segundo ele, na carretinha do ve�culo � poss�vel montar uma vitrine. “Tenho clientes que trabalham em feiras de rua e tamb�m os que atendem �s empresas que organizam eventos em pavilh�es. A escolha depende dos produtos comercializados. Quem trabalha com caf�, por exemplo, tem muito mais chances de vender num centro de conven��es”, observa.
“Al�m de funcionar como um resgate da tradi��o, as food bikes s�o mais uma inova��o quando o assunto � comercializar comida, e t�m tudo para substituir as antigas barraquinhas iluminadas por luzes coloridas em volta de uma pra�a”, afirma M�nica Alencar, analista da unidade de com�rcio, servi�os e artesanato do Sebrae em Minas. Na opini�o dela, a sofistica��o chegou �s ruas a bordo do food truck, que traz em seu bojo o conceito de inova��o industrial por meio da oferta de novos equipamentos. “Agora, est�o surgindo deriva��es, como a bicicleta”, observa. A novidade leva comodidade ao consumidor, que ganha de volta o conforto de comprar de porta em porta. “Em geral, esses prestadores de servi�o conseguem fidelizar o cliente mais r�pido, porque oferecem atendimento diferenciado”, analisa.
Kiwi Sucos
(31) 8822-1297
Dream Bike
(11) 3276-6660
Cad� meu Brigadeiro
(31) 8717-0927