
A presidente Dilma Rousseff classificou como "importante" a reuni�o que teve com Li Keqiang, primeiro ministro da China, para as rela��es entre os dois pa�ses. Ela falou rapidamente � sa�da do evento onde foram assinados 35 atos e ap�s a ida do primeiro ministro para o Pal�cio do Itamaraty, onde ocorrer� um almo�o.
A presidente comentou que essas reuni�es trouxeram caracter�sticas novas, com �nfase em infraestrutura. Ela destacou os investimentos na ferrovia transcontinental como um dos mais importantes. "Ela � uma ferrovia estrat�gica para o Brasil, liga o Atl�ntico ao Pac�fico", disse a presidente.
Dilma tamb�m destacou o acordo entre a Caixa Econ�mica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que deve alcan�ar US$ 50 bilh�es. "Tem tamb�m o fundo feito entre o governo chin�s com o governo brasileiro. A parte chinesa oferece colocar US$ 30 bilh�es. N�s vamos colocar outra quantia que estamos avaliando ainda o quanto", explicou a presidente.
Ela ainda disse que eles t�m interesses em estaleiros, refinarias e na licita��o do remanescente da faixa de 4G de telefonia celular.
A presidente Dilma afirmou que os dois pa�ses t�m desempenhado um papel de destaque na constru��o de uma nova ordem global. Dilma destacou que essa parceria "� particularmente importante" em 2015, j� que a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) celebra 70 anos. Segundo a presidente, a uni�o dos dois pa�ses permitir� aprofundar uma "perspectiva em favor da reforma do Conselho de Seguran�a da ONU".
Ao lado do primeiro-ministro chin�s, Li Keqiang, Dilma afirmou ainda que "compartilha da expectativa" de que a pr�xima c�pula dos Brics, que acontece na R�ssia, vai acelerar a implanta��o do banco do grupo que re�ne tamb�m �ndia e �frica do Sul.
A presidente disse que Brasil e China aproveitaram o encontro de hoje para renovar o compromisso de atuar no G-20, grupo que re�ne as 20 maiores economias do mundo, em defesa de reformas de institui��es multilaterais, como o Fundo Monet�rio Internacional e do Banco Mundial que, segundo ela, "n�o refletem ainda o peso dos emergentes".
A presidente mencionou ainda a decis�o do Brasil de participar como membro-fundador do Banco Asi�tico de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em ingl�s). O projeto capitaneado pelos chineses � visto como uma forma de reduzir a influ�ncia de institui��es multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, que na pr�tica s�o controlados pelos pa�ses desenvolvidos. Segundo Dilma, com esse novo �rg�o passa a haver novas oportunidades de ampliar a participa��o das empresas brasileira nos mercados chin�s e asi�tico.
Dilma destacou tamb�m o papel importante dos dois pa�ses para a preserva��o do meio ambiente e disse que a declara��o bilateral de mudan�a do clima reflete compromisso de Brasil e China com redu��o de gases de efeito estufa.
Agenda positiva
A visita do primeiro-ministro chin�s est� sendo tratada pelo Planalto como uma rara oportunidade de apresentar uma agenda positiva e em um ano de dificuldades econ�micas.
Segundo Dilma, os dois pa�ses tamb�m v�o utilizar o mecanismo de pagamento em moedas locais, com R$ 60 bilh�es por parte do Brasil e 190 bilh�es de yuans pelo lado dos chineses. Isso � uma forma de diminuir a depend�ncia do d�lar e, segundo a presidente, "contribui para mitigar oscila��es monet�rias no com�rcio internacional".
A presidente comemorou a habilita��o de oito frigor�ficos brasileiros para exporta��o para a China. Ela lembrou que outras nove plantas est�o na fila e que as autoridades chinesas firmaram o compromisso de tratar dessas libera��es de forma acelerada. "Foi assinado esse acordo sanit�rio e, a partir dele, cria-se nova forma de relacionamento entre as autoridades sanit�rias brasileiras e chinesas", afirmou.
Dilma afirmou que o setor agropecu�rio brasileiro tem condi��es de contribuir muito mais para a seguran�a alimentar na China. Segundo Dilma, a assinatura do protocolo sanit�rio cria um marco jur�dico para a retomada das exporta��es aos chineses, de forma sustent�vel. "Reiterei ao primeiro-ministro chin�s nosso interesse no estabelecimento de um processo efetivo e �gil de habilita��o para exporta��o de carne bovina, su�na e aves", afirmou a presidente.
Segundo o Minist�rio da Agricultura, o acordo tem potencial para gerar R$ 520 milh�es em neg�cios por ano quando todas as plantas estiverem habilitadas. No total, 26 unidades ter�o essa autoriza��o.
Dilma tamb�m destacou o acordo entre a Caixa Econ�mica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que deve alcan�ar US$ 50 bilh�es. "Tem tamb�m o fundo feito entre o governo chin�s com o governo brasileiro. A parte chinesa oferece colocar US$ 30 bilh�es. N�s vamos colocar outra quantia que estamos avaliando ainda o quanto", explicou a presidente. Ela ainda disse que eles t�m interesses em estaleiros, refinarias e na licita��o do remanescente da faixa de 4G para celular.
Em discurso de encerramento do Encontro Empresarial Brasil-China, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer que empres�rios chineses participem de investimentos em refinarias e estaleiros por aqui.
Ao lembrar dos acordos assinados entre a Petrobras e empresas chinesas, Dilma destacou que a parceria "reflete n�o s� a confian�a na Petrobras", mas tamb�m amplia a "parceria que temos com as empresas chinesas no Campo de Libra".
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e o presidente do Cexim, Hu Xiaolian, assinaram acordo-quadro de coopera��o para financiamento de projetos da Petrobras no valor de US$ 2 bilh�es. Bendine tamb�m assinou acordo com o presidente do Conselho do Banco de Desenvolvimento da China (CDB), Hu Huaibang, que prev� financiamento de projetos da Petrobras no valor de US$ 5 bilh�es.