Foi com um churrasco que o governo brasileiro comemorou os 35 acordos firmados entre o pa�s e a China, que totalizam mais de US$ 53 bilh�es (cerca de R$ 161 bilh�es) em investimentos. Um dos mais importantes foi o que prev� a retomada da exporta��o de carne bovina para o mercado consumidor chin�s. Mas a comitiva do primeiro-ministro Li Keqiang n�o se limitou ao agroneg�cio. “O Brasil atribui grande import�ncia � assinatura deste acordo sobre investimentos e capacidade produtiva, que hoje foi assinado entre o Minist�rio do Planejamento, Or�amento e Gest�o e a Comiss�o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que re�ne iniciativas em curso e abre novas oportunidades nas �reas de energia el�trica, minera��o, infraestrutura e manufaturas, totalizando mais de US$ 53 bilh�es”, disse a presidente Dilma Rousseff, em declara��o � imprensa depois da cerim�nia de assinatura de atos no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia. “Teremos a oportunidade de dialogar com o empresariado dos dois pa�ses sobre o importante papel que exercem nesse processo de aproxima��o.”
Os acordos assinados entre Brasil e China envolvem empresas como Petrobras e Vale e abrangem a coopera��o em uma s�rie de �reas, como tecnologia da informa��o, produ��o de sat�lite, tecnologia nuclear e coopera��o cient�fica.
Em julho de 2014, durante a visita de trabalho ao Brasil do presidente da China, Xi Jinping, as autoridades chinesas comunicaram que suspenderiam o embargo � importa��o de carne bovina brasileira, o que n�o foi concretizado. O bloqueio havia sido imposto ao produto em 2012, ap�s um caso at�pico de vaca louca no Paran�. As negocia��es com as autoridades chinesas foram bem duras.
Para celebrar a retomada das exporta��es, foi oferecido pelo Itamaraty um churrasco de contrafil� aos chineses. Li Keqiang, no discurso, elogiou a qualidade da carne. Dilma ressaltou que as parcerias entre os dois pa�ses, al�m da import�ncia econ�mica, t�m uma harmonia “em prol de uma ordem internacional mais justa”.
MINAS NO P�REO
A Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) participa da programa��o da visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, para avaliar possibilidades de atra��o de investimentos em infraestrutura no estado e de aportes no setor privado. O representante da Fiemg nos encontros, Alexandre Brito, informou que a institui��o est� trabalhando na organiza��o de uma miss�o de empres�rios � China no segundo semestre. “A ideia � trabalhar na prospec��o comercial, em parcerias e neg�cios, principalmente, no setor de alimentos”, afirmou.
O programa da miss�o mineira dever� ser definido at� o fim do m�s, com participa��o concentrada de empresas de m�dio porte. As equipes da Fiemg, que mant�m o Centro Internacional de Neg�cios, do qual Brito � consultor, est�o, ainda, acompanhando os protocolos diplom�ticos relacionados � inspe��es sanit�rias do governo chin�s. A perspectiva � de que sejam abertas oportunidades para exporta��es de carnes produzidas no estado ao gigante asi�tico.
H� tamb�m expectativas de que Minas Gerais poder� se beneficiar do projeto mencionado em discurso pela presidente Dilma Rousseff de constru��o de uma ferrovia transcontinental, atravessando a Am�rica do Sul. O trajeto come�aria no Rio de Janeiro, cortaria a floresta Amaz�nica e a Cordilheira dos Andes, alcan�ando a costa do Peru at� o Oceano Pac�fico. No entanto, a possibilidade de que a ferrovia passe pelo territ�rio mineiro, na regi�o de Pirapora, no Norte, n�o foi confirmada. (Com ag�ncias)