(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Lojas e at� Oiapoque usam WhatsApp para turbinar vendas

Em BH, at� shopping popular entrou na onda e contratou equipe para atender virtualmente


postado em 20/05/2015 06:00 / atualizado em 20/05/2015 07:38

A dupla Daiane Lopes e Sheila Macedo cuida das vendas do Shopping Oiapoque pelo WhatsApp, que cresceram 80% nos três primeiros meses (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A dupla Daiane Lopes e Sheila Macedo cuida das vendas do Shopping Oiapoque pelo WhatsApp, que cresceram 80% nos tr�s primeiros meses (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Era para ser s� um aplicativo de bate-bapo, mas o WhatsApp se tornou um forte aliado do varejo e uma ferramenta para faturar mais. O aplicativo, que tem mais de 47 milh�es de usu�rios no Brasil, virou febre e vai se consolidando em diferentes segmentos como canal de vendas. Com alguns cliques � poss�vel comprar roupas, acess�rios, eletr�nicos, celulares e outros produtos. Em Belo Horizonte, os comerciantes que apostam no aplicativo comemoram o resultado das vendas pelo celular, que, em alguns casos, chegou a dobrar o faturamento das lojas. Entre os que apostaram na tend�ncia est� at� o shopping popular Oiapoque, que seguiu os passos da marca TQ Acess�rios e das lojas de roupas e acess�rios Jay Jay Store e Stravaganza, velhas amigas do aplicativo.

No shopping, em apenas tr�s meses de opera��o, as vendas pelo WhatsApp j� cresceram cerca de 80%, de acordo com a gerente de marketing do empreendimento, Daiene Lopes. A demanda dos clientes pelo novo canal de vendas surpreendeu a administra��o do shopping, que � respons�vel por operar o sistema. “N�o sab�amos que �amos conseguir alcan�ar tantos clientes com um simples aplicativo. Desde que come�amos, conseguimos atingir cerca de 80% de crescimento nas vendas concretizadas pelo WhatsApp. Atualmente, temos duas pessoas respons�veis por atender os clientes, mas j� estamos pensando em aumentar a equipe”, afirma Daiene. Por dia, s�o mais de 50 contatos feitos por meio do aplicativo e cerca de 10% deles t�m a venda concretizada.

“S� n�o vendemos mais porque n�o damos conta de atender a demanda. Respondemos todos os contatos, mas, �s vezes, demoramos para dar esse retorno e o cliente pode acabar desistindo. Sabemos que temos que ser mais r�pidos”, alertou. Para melhorar o atendimento, at� o final desta semana o shopping pretende passar a operar o WhatsApp pelo computador. Hoje, a opera��o � feita por meio de um tablet. Segundo Daiene, a ideia � que as vendas pelo WhatsApp possam atender a um novo tipo de p�blico, que n�o tem o h�bito de ir ao shopping por uma s�rie de raz�es.

Din�mica

A venda pelo aplicativo no shopping acontece da seguinte forma: o cliente entra em contato com o vendedor pelo aplicativo e solicita as informa��es sobre o produto. O atendente informa os modelos dispon�veis, pre�os e envia fotos dos produtos e nome das lojas onde eles est�o dispon�veis. Assim que o cliente escolhe, eles solicitam dados como nome completo e endere�o para entrega, que pode ser feita pelo motoboy ou via Correios, no caso de cidades mais distantes. “Quando a entrega � feita em Belo Horizonte ou na Regi�o Metropolitana, o motoboy faz esse servi�o e leva a m�quina do cart�o de cr�dito para que o consumidor efetue o pagamento onde estiver. Para as cidades mais distantes, temos o servi�o de Sedex a cobrar, em que o consumidor paga pelo produto e pelo frete na hora de retirar a mercadoria, na ag�ncia dos Correios.

O valor da taxa de entrega varia entre R$ 10 e R$ 35, dependendo da regi�o. Entre os produtos mais procurados no WhatsApp do Oiapoque est�o os eletr�nicos e celulares, segundo uma das operadoras do sistema, Sheila Mac�do. “Os clientes procuram de tudo e falam que preferem pagar a taxa de entrega pela comodidade. Celular, video-game, antenas e at� artigos mais pessoais, como �culos e roupas, s�o procurados. Na semana passada, vendi um Play Station 4, de R$ 1,4 mil, pelo aplicativo”, conta. Segundo ela, se o cliente j� tiver todas as informa��es do produto que procura, a negocia��o costuma demorar cerca de 10 minutos.

A proprietária da TQ Acessórios, Thaís Quintão, turbinou seu negócio estreitando a relação com o cliente via Instagram e WhatsApp (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
A propriet�ria da TQ Acess�rios, Tha�s Quint�o, turbinou seu neg�cio estreitando a rela��o com o cliente via Instagram e WhatsApp (foto: Euler J�nior/EM/D.A PRESS)

Poder de fogo dobrado


A dobradinha Instagram e WhatsApp tamb�m � receita para sucesso nas vendas do varejo. Com mais de 17 mil seguidores no Instagram, a marca TQ Acess�rios tamb�m comemora o sucesso de vendas pelo WhatsApp, que hoje � o �nico canal de neg�cios da empresa. A propriet�ria da marca, Tha�s Quint�o, conta que, em um ano, sua demanda aumentou mais de 100% e, hoje, faz cerca de 300 vendas por m�s pelo aplicativo, enviando produtos para todo o Brasil. Ela come�ou montando as pe�as num quartinho da casa dos pais e trabalhava sozinha na confec��o das bijuterias, produ��o das fotos que s�o publicadas no perfil e no gerenciamento do canal de vendas pelo aplicativo. Os pagamentos geralmente s�o feitos pelo aplicativo Pag Seguro ou por dep�sito banc�rio.

Com o aquecimento da demanda, ela precisou alugar uma sala e contratar. Hoje, tem tr�s funcion�rias, sendo que duas ficam por conta das vendas e a outra ajuda na produ��o das pe�as. “Eu n�o imaginava chegar t�o longe em t�o pouco tempo. Atendo a mais de 40 clientes por dia e, mesmo aumentando a equipe, n�o estou dando conta da demanda. S�o mais de 300 vendas por m�s e a maioria inclui mais de um produto”, afirma Tha�s. Segundo ela, o valor m�dio das vendas fechadas pelo WhatsApp gira entre R$ 200 a R$ 300. O pr�ximo passo, segundo ela, � lan�ar o site da marca, com uma loja on-line para dividir a demanda e aliviar o atendimento. “Mas vamos continuar com o WhatsApp, porque acho importante esse contato com o cliente. Enviando fotos, tirando as d�vidas sobre os produtos. A loja on-line � uma forma de ampliar os neg�cios”, revelou.

A empres�ria Ol�via Reis conta que investiu cerca de R$ 20 mil em produtos e criou o perfil no Instagram para divulgar a loja, que come�ou a operar em fevereiro deste ano. Com quase 2 mil seguidores na rede social, ela utiliza o WhatsApp para divulgar promo��es e fechar as vendas. “O WhatsApp � o nosso melhor canal. Se o mercado est� parado, enviamos uma mensagem para clientes com c�digos de promo��es e conseguimos realizar mais de 15 vendas na semana”, afirma.

Adapta��o


Algumas lojas f�sicas tamb�m est�o apostando na inser��o de suas marcas nas redes sociais para aumentar o lucro e o n�mero de clientes. � o caso da Stravaganza, na Savassi, que vende roupas e acess�rios e j� tem mais de 8 mil seguidores no Instagram. A loja faz mais de 15 vendas pelo WhatsApp por semana, a maioria delas para Belo Horizonte – quando o motoboy entrega o produto na casa da cliente – e outras para v�rias partes do Brasil, como Acre, Rio de Janeiro, S�o Paulo e Bahia. “N�o temos uma equipe especializada em vendas pelo WhatsApp e, na maioria das vezes, deixamos a desejar junto ao cliente que chega por meio desse canal. Se tiv�ssemos uma equipe s� para isso, com certeza esse n�mero seria ainda maior”, diz a propriet�ria da loja, Priscila Safar. (FM)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)