S�o Paulo, 21 - O crescimento da taxa de desocupa��o medida pelo IBGE por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) reflete um aumento maior da Popula��o Economicamente Ativa (PEA) e da taxa de participa��o do que do n�vel de ocupa��o, avaliou o economista da Funda��o Seade Alexandre Loloian.
Em abril, o desemprego nas seis principais regi�es metropolitanas do Pa�s foi de 6,4% em abril, ante 6,2% em mar�o e 4,9% em abril de 2014. Segundo Loloian, a tend�ncia � de aumento do desemprego a partir de maio.
"Desde o fim do ano passado, o desemprego come�ou a aumentar. No primeiro trimestre, a coisa n�o desandou muito, porque ficou aquela expectativa bruta. Mas provavelmente teremos agravamento da situa��o a partir de maio, com diminui��o do n�vel de ocupa��o, o que n�o � muito comum para o per�odo", afirmou Loloian. Segundo ele, normalmente o emprego aumenta no segundo semestre, atingindo o pico em novembro e dezembro, e volta a arrefecer no primeiro quadrimestre do ano seguinte.
O economista avaliou que a queda da renda m�dia real dos trabalhadores em abril reflete um "efeito duplo" de deteriora��o do mercado de trabalho e infla��o. "Com a deteriora��o do mercado, os sal�rios nominais tendem a variar mais negativamente. Por exemplo, as empresas demitem um oper�rio e contratam outro ganhando menos. Com a infla��o, o sal�rio real se reduz ainda mais", explicou. Em abril, a renda m�dia real caiu 0,5% ante mar�o e 2,9% em rela��o ao mesmo m�s de 2014.