Tombini repete em semin�rio no Rio que BC est� atento � infla��o

Rio, 22 - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, refor�ou no Rio o discurso da autoridade monet�ria, de que a pol�tica de aperto de juros seguir� "vigilante" com a infla��o, palavra que ele citou tr�s vezes no discurso de encerramento do XVII Semin�rio de Metas para a Infla��o. Ele tamb�m ressaltou em tr�s momentos diferentes que o BC levar� a infla��o � meta de 4,5% no final de 2016.

Desde a ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), em abril, o BC exibe uma comunica��o mais firme para a sociedade, de que est� disposto a fazer a infla��o convergir � meta no encerramento do ano que vem. No pronunciamento desta sexta-feira, 22, Tombini deu curso a esse processo de comunica��o, a fim de aumentar a cren�a de economistas e analistas do mercado financeiro de que o IPCA vai baixar de forma consider�vel no horizonte de 19 meses.

Esse tipo de mensagem � conhecido no mercado como "ancoragem de expectativas" e � importante. Nos modelos econom�tricos que o BC utiliza para auxiliar na decis�o sobre a taxa de juros b�sica, a Selic, as expectativas t�m um peso grande.

"� fundamental para o sucesso do nosso processo de ajustes em 2015 e para as perspectivas de iniciar um novo ciclo de crescimento sustent�vel mais � frente, que esse cen�rio de converg�ncia se materialize como resultado da vigil�ncia da pol�tica monet�ria", afirmou o presidente do BC.

Tombini reiterou que, apesar de registrar avan�os no combate � infla��o, como a gradual redu��o das expectativas de infla��o de 2017 a 2019, eles ainda n�o se mostram suficientes. Para economistas, esse coment�rio est� sendo ressaltado pelo BC para indicar que a eleva��o de juros iniciada em outubro ainda precisar� se estender. No mercado, a aposta majorit�ria � de que o Copom elevar� a Selic de 13,25% para 13,75% no pr�ximo dia 3, quando ser� encerrada a reuni�o de junho. O discurso de hoje corroborou essa posi��o.

"Com essa postura consistente com o quadro de ajustes da nossa pol�tica macroecon�mica, conseguiremos assegurar a converg�ncia da infla��o para a meta de 4,5% em dezembro de 2016", comentou Tombini, ressaltando que o BC cumprir� seus objetivos com "determina��o e perseveran�a".

O presidente do BC tamb�m comentou que � importante a economia fazer ajustes para manter sua solidez, a fim de estar preparada para o movimento de alta de juros nos EUA, que para ele dever� ocorrer ainda neste ano. Com a alta de juros por l�, a tend�ncia � que os capitais financeiros saiam dos mercado emergentes em dire��o aos EUA.