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Estado de Minas

Bancos devem repassar a clientes a alta de tributos


postado em 22/05/2015 21:49

Bras�lia, 22 - A partir de 2016 os bancos ter�o de desembolsar R$ 3,8 bilh�es a mais por ano em pagamentos de tributos, segundo estimativa feita pela Receita Federal depois do an�ncio oficial de que a al�quota da Contribui��o Social sobre Lucro L�quido (CSLL) subir� de 15% para 20% a partir de setembro. Para especialistas, no entanto, quem vai pagar essa conta � o consumidor.

Como o aumento editado pela Medida Provis�ria 675 entra em vigor nos �ltimos meses deste ano, a arrecada��o extra estimada pela Receita para 2015 � de R$ 747 milh�es. Assim como ocorre em outros setores, a tentativa dos banqueiros ser� a de repassar o aumento de custo para os correntistas e demais usu�rios do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Al�m de engordar o caixa com o aumento da contribui��o, o governo consegue com essa medida um aux�lio na empreitada de tentar restringir a amplia��o do cr�dito. Possivelmente, a eleva��o ser� repassada para tarifas banc�rias e os juros dos financiamentos, que j� v�m sendo ampliados num processo de acompanhamento da alta da taxa b�sica Selic, promovida pelo Banco Central desde outubro.

Com menos dinheiro em circula��o na economia, fica mais f�cil, por exemplo, conter os efeitos da alta da infla��o, que � uma das principais batalhas travadas hoje pela equipe econ�mica. Atualmente, a Selic est� em 13,25% ao ano e a expectativa do mercado financeiro � de que o IPCA, �ndice oficial de infla��o, termine o ano em 8,31%.

�Quem vai pagar por isso � o tomador de cr�dito pessoa f�sica ou jur�dica. O aumento no spread (diferen�a dos juros obtidos e cobrados pelos bancos) deve ter impacto na inadimpl�ncia, contribuindo para a piora da recess�o no Pa�s, que deve ser de perto de 2% neste ano�, avaliou o presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues. �N�o haver� impacto no balan�o dos bancos. O lucro n�o vai alterar. De alguma forma, o aumento da CSLL ser� repassado.�

Comemora��o

Num primeiro momento, houve at� quem comemorasse o aumento dos impostos para o setor financeiro, que vem apresentando recordes de lucro. Como lembrou o economista da MCM Consultores Associados, Antonio Madeira, no entanto, �n�o existe almo�o gr�tis�. Para ele, dado o quadro de recess�o econ�mica, restou ao governo aumentar a arrecada��o com os setores �com ganhos razo�veis, como o banc�rio�.

A Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) e as grandes institui��es financeiras n�o quiseram comentar a medida. J� os m�dios e as corretoras t�m menos espa�o para repasse. Al�m disso, t�m menores quantidades de cr�ditos tribut�rios, gerados a partir de provis�es feitas para devedores duvidosos e que podem compensar alguma press�o da CSLL nos resultados.


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