F�rias coletivas e lay-off devem reduzir produ��o de ve�culos em maio,diz Anfavea

S�o Paulo, 25 - A produ��o de ve�culos em maio certamente ser� menor do que em abril, mas, juntamente com a estabilidade esperada nas vendas, ajudar� a diminuir o n�vel de estoques nos p�tios das montadoras e concession�rias, previu nesta segunda-feira, 25, o primeiro vice-presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Os dados oficiais ser�o divulgados no dia 8 de junho.

Em palestra durante workshop sobre tend�ncias para o setor de autom�veis e comerciais leves na capital paulista, o executivo n�o adiantou n�meros, mas a previs�o de uma produ��o menor em maio ante abril � calcada no maior n�mero de medidas de corte de produ��o adotadas neste m�s pelas montadoras, como f�rias coletivas e lay-offs (suspens�o tempor�ria dos contratos).

Megale previu tamb�m que as vendas de ve�culos em maio dever�o apresentar "mais ou menos o mesmo n�vel do m�s anterior". Em abril, foram emplacados 293,2 mil autom�veis, comerciais leves, caminh�es e �nibus novos em todo Pa�s. Na primeira quinzena de maio, segundo antecipou o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, na semana passada, as vendas acumulavam queda de 1,7% ante a primeira metade de abril e recuo 22,9% frente um ano atr�s, ao totalizarem 102,2 mil unidades.

Em abril, o estoque total de ve�culos nas f�bricas e concession�rias era de 367,2 mil unidades, o equivalente a 50 dias de vendas. De acordo com dados da Anfavea, a maior parte estava concentrada nas concession�rias, onde havia 235,8 mil ve�culos (32 dias de vendas), enquanto nas f�bricas o estoque era de 131,4 mil ve�culos (18 dias). O setor considera ideal um estoque equivalente a 30 dias de vendas.

Momento de preocupa��o

Megale avaliou ainda que a crise pela qual passa a ind�stria automotiva brasileira � um momento de aten��o e preocupa��o, mas n�o de desespero. Ele ponderou que as crises no setor s�o "c�clicas" e apostou na recupera��o da confian�a de investidores e consumidores, ap�s a aprova��o do ajuste fiscal em andamento, como o principal caminho para a retomada das vendas.

"Temos de ficar atentos, mas n�o desesperados", afirmou Megale a uma plateia de empres�rios e executivos do setor. O primeiro vice-presidente da Anfavea ponderou que, apesar da queda de 19,2% nas vendas de ve�culos novos no acumulado do primeiro quadrimestre em rela��o a igual per�odo do ano passado, a situa��o do Brasil ainda � melhor do que a de outros pa�ses em �pocas de crise. Ele citou o exemplo dos Estados Unidos, cujos emplacamentos de ve�culos novos ca�ram 36% entre 2007 e 2009, per�odo da crise financeira mundial.

O executivo reiterou que a aprova��o das medidas do ajuste fiscal tocado pela equipe econ�mica � "vital" nesse processo de retomada da economia brasileira e, consequentemente, do setor, pois dar� mais visibilidade a investidores e consumidores. "A partir do ano que vem, teremos uma situa��o melhor", previu, lembrando que o mercado automotivo brasileiro historicamente n�o cresce de forma est�vel. Para 2015, a Anfavea projeta queda de 13,2% nas vendas e de 10% na produ��o ante 2014.