Fipe eleva proje��o para IPC de maio de 0,49% para 0,60%

S�o Paulo, 26 - O coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), Andr� Chagas, elevou nesta ter�a-feira, 26, de 0,49% para 0,60%, a previs�o para a infla��o de maio na capital paulista. Em entrevista � reportagem, ele disse que a altera��o na proje��o foi motivada por surpresas no levantamento da terceira quadrissemana do m�s em alguns itens espec�ficos dos grupos Habita��o e Alimenta��o, justamente os de maiores pesos na composi��o do indicador da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe).

Nesta ter�a-feira, o instituto divulgou que o IPC registrou taxa de infla��o de 0,70% na terceira leitura de maio ante alta de 0,83% na segunda quadrissemana do m�s. A despeito de representar uma desacelera��o da infla��o, o resultado ficou acima da previs�o do instituto, que era de uma infla��o de 0,61%. Em rela��o �s expectativas dos economistas do mercado financeiro, o n�mero n�o chegou a trazer grande surpresa, j� que eles aguardavam taxa de 0,54% a 0,78%, com mediana de 0,65%, conforme levantamento do AE Proje��es.

"Veio acima do que esper�vamos e est� apontando para algo bem mais forte do pens�vamos para o fechamento de maio", comentou Andr� Chagas. "Esta demora maior no processo de desacelera��o sugere uma resist�ncia muito grande da infla��o � queda e �s a��es fiscais e monet�rias", avaliou, j� se referindo tamb�m aos procedimentos que vem sendo adotados pelo Banco Central para o controle da infla��o.

Na terceira quadrissemana, o grupo Habita��o subiu 0,97% ante 1,26% da segunda leitura do m�s. A Fipe trabalhava com uma expectativa de avan�o de 0,84% e apontou surpresas vindas no item condom�nio (alta de 0,98%) e nos segmentos de Artigos de Limpeza (1,08%) e Reparo no Domic�lio (1,83%).

A despeito destas surpresas, o instituto continua captando a energia el�trica como principal fator de desacelera��o do IPC e constatou nova perda de for�a do item no per�odo pesquisado. Na terceira leitura de maio, a energia el�trica subiu 4,07% e respondeu por 0,15 ponto porcentual (21,57%) de toda a infla��o registrada pelo IPC, ainda sendo o l�der de contribui��es de alta. Na segunda medi��o do m�s, o avan�o havia sido de 8,67% e a contribui��o chegou a 0,32 ponto porcentual (38,13%) do indicador da Fipe.

Quanto � Alimenta��o, o grupo subiu 0,76% na terceira quadrissemana ante 0,82% da segunda leitura do m�s. A Fipe esperava uma eleva��o de 0,63% e apontou o segmento de Panificados uma das principais surpresas, j� que trabalhava com uma alta de 0,97% e a varia��o positiva efetiva foi de 1,41%.

Andr� Chagas tamb�m destacou como importante elemento de alta do IPC a carne bovina, que vem mostrando resist�ncia. Na terceira quadrissemana, o segmento subiu 3,71% ante 3,68% na segunda leitura de maio. "Est� resistente mesmo", avaliou, referindo-se a uma parte do IPC que tem um grande peso no bolso do consumidor.

Se a proje��o de 0,60% da Fipe para o IPC se maio se confirmar, a infla��o do quinto m�s do ano ser� a mais baixa de 2015 e chegar� no menor n�vel desde de dezembro de 2014, quando foi de 0,30%. Em janeiro, o �ndice subiu 1,62%; em fevereiro, 1,22%; em mar�o, 0,70%; e, em abril, avan�ou 1,10%.