Bras�lia, 29 - O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta sexta-feira, 29, ao comentar o super�vit prim�rio de R$ 13,4 bilh�es de abril, que o m�s � sazonalmente favor�vel para as contas p�blicas, com receitas de tributos mais elevadas. Maciel relatou ainda que o resultado prim�rio em 12 meses, que registrou um d�ficit de 0,76% do PIB, � o pior em propor��o do PIB da s�rie do BC, iniciada em dezembro de 2001. A despesa de juros de abril (R$ 2,213 bilh�es), em contraponto, teve o melhor resultado da s�rie hist�rica.
"O resultado nominal do m�s, de R$ 11,2 bilh�es, � o melhor para o m�s de abril. � o segundo melhor da s�rie para todos os meses, lembrando que em setembro de 2010, quando teve opera��o de cess�o onerosa da Petrobras, houve um resultado melhor que o desse m�s", observou o t�cnico. Segundo Maciel, enquanto os dados fiscais mostram ainda d�ficits expressivos em 12 meses, na margem, quando se observa os dados entre um m�s e outro, h� uma melhora que coincide com o que se espera para o cumprimento da meta fiscal do ano.
Sobre a contribui��o dos governos regionais no acumulado do ano, que atingiu R$ 17,2 bilh�es, acima, portanto, da meta estimada pelo governo federal para esses entes em 2015 (R$ 11 bilh�es), Maciel explicou que "sazonalmente, o segundo semestre � desfavor�vel para os governos regionais". Vale lembrar que, em 2014, estava com R$ 13,5 bilh�es de super�vit no quadrimestre, mas a conta acabou fechando com d�ficit no ano. "O segundo semestre do ano passado, em termos fiscais, houve d�ficit em v�rios �mbitos", comentou o t�cnico. "N�o foi o padr�o em rela��o a anos anteriores", continuou. Em abril, os Estados e munic�pios contribu�ram com R$ 2,6 bilh�es ao super�vit total do setor p�blico consolidado, que ficou em R$ 13,4 bilh�es.
Maciel salientou que em primeiros anos de mandato, historicamente, n�o se gasta tanto porque os novos governantes ainda est�o tomando p� da situa��o. Al�m disso, o t�cnico lembrou que o recente reajuste de tarifas de energia el�trica e de combust�veis acaba refletindo na arrecada��o do ICMS estadual, o que engorda tamb�m o caixa dos governo.