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Estado de Minas

Mercado prev� queda maior no PIB e ministro diz que arrocho ser� por mais tempo

Mercado eleva previs�o de tombo da economia para este ano e ministro do Planejamento diz que medidas de aperto monet�rio ser�o mais duradouras do que o esperado pelo governo


postado em 02/06/2015 06:00 / atualizado em 02/06/2015 07:28

"Precisamos restabelecer o equil�brio fiscal e combater a infla��o para recuperar o crescimento econ�mico, por mais paradoxal que pare�a" Nelson Barbosa, ministro do Planejamento
Bras�lia – No primeiro dia �til ap�s a divulga��o do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre – apontando a queda de 0,2% em rela��o aos tr�s meses imediatamente anteriores –, cresceu o pessimismo do mercado em rela��o aos principais indicadores da economia. Analistas ouvidos pelo Banco Central para o Relat�rio Focus, que na semana passada previam que a taxa b�sica de juros (Selic) chegaria a 13,75% no fim de 2015, acreditam agora que ela avan�ar� at� a 14% ao ano. Atualmente, a Selic est� em 13,25%, mas, amanh�, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) definir� o patamar em que ela permanecer� at� meados de julho. Entre os economistas, o consenso � de que haver� mais uma alta, de 0,50 ponto percentual, o que levaria a taxa para 13,75%.


Como juros elevados significam ritmo mais lento da atividade econ�mica, os analistas passaram a apostar numa queda maior do PIB deste ano, de 1,27%. Na semana passada, a previs�o era de retra��o de 1,24%. E h� quatro semanas, o recuo previsto era de 1,18%. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) informou que o PIB brasileiro, al�m de ter encolhido 0,2% no primeiro trimestre na compara��o com o per�odo anterior anteriores, caiu 1,6%, frente a igual per�odo de 2014. Foi um dos piores desempenhos em um ranking de 33 pa�ses avaliados pela Austin Rating. O Brasil ficou na 31ª coloca��o, � frente apenas da R�ssia e da Ucr�nia, que sofreram queda de 1,9% e de 17,6%, respectivamente. Esse resultado fez os economistas voltarem �s planilhas e aumentarem as proje��es de retra��o neste ano. O Bradesco elevou a previs�o de queda de 1,5% para 1,7%. O Ita� Unibanco avisou que as pr�ximas previs�es vir�o “com vi�s de baixa”.

O diretor para a Am�rica Latina do Eurasia Group, em Washington, Jo�o Augusto de Castro Neves, revelou que v�rios clientes internacionais j� come�am a prever retra��o superior a 2% queda no PIB brasileiro deste ano devido � instabilidade pol�tica e econ�mica do pa�s. Para ele, apesar de o governo ter conseguido aprovar algumas medidas, n�o h� d�vida de que o ajuste fiscal n�o ser� feito no tamanho e, muito menos, no tempo necess�rio. Com isso, a desacelera��o na economia dever� ser mais prolongada, estendendo-se at� 2016.

Infla��o E o quadro recessivo n�o deve aliviar a press�o sobre os pre�os. A proje��o para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) foi elevada pela s�tima semana consecutiva, para 8,39%, em 2015, e 5,50%, em 2016. Os economistas que mais acertam a previs�es, os Top Five do Focus, acreditam em carestia ainda maior neste ano: 8,46%.

Seja qual for a aposta mais certeira, ela est� bem acima do centro da meta de 4,5% ao ano, que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, garante que ser� alcan�ado em dezembro de 2016.

APERTO Com infla��o em alta e juros catapultados para trazer o drag�o para o cerco da meta inflacion�ria – 4,5% ao ano, com toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos –, o esfor�o do governo para colocar a casa em ordem deve durar pelo menos dois anos, segundo previu ontem o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Para equilibrar as contas p�blicas, o governo federal iniciou este ano uma agenda de austeridade, com o aumento de impostos e o corte de or�amento.

Nas contas do governo, as medidas permitir�o que a Uni�o, os estados e os munic�pios economizarem 1,1% do PIB este ano para o pagamento dos juros da d�vida, o chamado super�vit prim�rio. No c�lculo, n�o est� inclu�do o resultado das estatais. Em 2016 e em 2017, diante das medidas de austeridade propostas este ano, o governo acredita que ser� poss�vel economizar 2%, afirmou Barbosa.

Segundo o ministro, que falou a economistas em palestra na Funda��o Getulio Vargas (FGV) em S�o Paulo, o processo de ajuste fiscal ser� mais lento do que o proposto pelo governo no fim do ano passado, mas ser� “substancial”. Barbosa afirmou que todos os pa�ses v�m se dedicando a medidas de esfor�o fiscal como forma de recupera��o econ�mica ap�s a crise financeira de 2008 e 2009. Segundo ele, alguns est�o fazendo de forma gradual como os Estados Unidos e o Reino Unido. “(No Brasil) � mais r�pido porque a taxa de juros que incide sobre a d�vida l�quida em termos reais � muito alta, por isso, precisamos de um esfor�o fiscal mais r�pido”, afirmou.

Concess�es Para o governo, a economia s� deve melhorar o ano que vem e, mesmo com o lan�amento do novo pacote de concess�es, a taxa de investimento do pa�s s� voltar� ao patamar de 20% do PIB em 2017. Barbosa afirmou que o pacote contar� com projetos em diferentes fases e em alguns casos a proposta se limitar� ao convite para a elabora��o do projeto, que “eventualmente v�o resultar em concess�es no ano que vem”. A divulga��o do programa est� prevista para a semana que vem. Segundo Barbosa, a eventual aus�ncia de empreiteiras envolvidas na Opera��o Lava Jato n�o colocar� em risco o programa de concess�es.” Tem muita gente interessada em participar. Haver� pessoas interessadas em colocar o capital, tanto nacional quanto internacional. O setor de constru��o no Brasil tem toda a capacidade de atender esses investimentos”, avaliou

Para Barbosa, o pa�s vai voltar a crescer. “Estamos em um momento em que medidas adicionais de est�mulo n�o teriam efeito expansionista. Precisamos restabelecer o equil�brio fiscal e combater a infla��o para recuperar o crescimento econ�mico, por mais paradoxal que pare�a”, afirmou. Mesmo assim, o ministro deixou claro que a estrat�gia do governo n�o se restringe a isso. “� uma condi��o essencial, mas n�o suficiente” para o crescimento, explicou. (Com ag�ncias)

 

Levy fala em rea��o lenta

 

Washington – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a retomada da economia brasileira ser� “lenta, tijolo a tijolo”, em debate ontem sobre as perspectivas da economia da Am�rica Latina, na sede do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), em Washington. Em r�pida conversa com jornalistas, Levy disse que o segundo semestre tem “bastante chance” de ser “mais favor�vel” para a economia brasileira se as “medidas necess�rias forem tomadas com rapidez”. “Isso envolve a resposta do setor privado”, acrescentou.

A mesa-redonda que Levy participou no FMI ainda contava com o subsecret�rio do Tesouro americano, o ministro da Economia do Peru e a economista Carmen Reinhart. Mas todas as perguntas da plateia, formada por investidores e autoridades de organismos internacionais (a imprensa n�o p�de estar presente), foram dirigidas a Levy. “Todo mundo quer saber o que est� acontecendo com o Brasil. S�tima economia do mundo, botando a casa em ordem, a presidente conseguiu passar as leis que o Brasil precisa para voltar a crescer”, disse. Questionado sobre o porqu� de o resto da Am�rica Latina crescer mais do que o Brasil, o ministro disse que � hora de focar mais “em reformas do lado da oferta”. “Por bastante tempo, pensava-se que bastava apoiar a demanda, ter incentivos, mas isso n�o estava mais levando pra frente” e que agora � hora “para os pre�os ficarem no lugar certo”.

Capta��o bilion�ria para a Petrobras


Ap�s mais de um ano de aus�ncia, desde que estourou a Opera��o Lava Jato, a Petrobras voltou ao mercado global de t�tulos ontem com uma capta��o de US$ 2,5 bilh�es. Na opera��o, a estatal ofereceu in�ditos b�nus com vencimento em 100 anos. A demanda pelos t�tulos chegou a US$ 13 bilh�es, mas, para garantir o sucesso da opera��o, a estatal teve de pagar aos investidores uma rentabilidade de 8,45% ao ano, semelhante � de empresas sem grau de investimento, o selo de empresa boa pagadora do mercado financeiro.

Joaquim Levy observou que capta��o feita ontem “parece que teve uma repercuss�o superpositiva, a resposta est� sendo exitosa”. 


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