
Em nota, a Azul afirmou que acredita que "a aquisi��o ser� uma oportunidade muito boa para o Brasil, uma vez que Portugal � a principal entrada dos brasileiros para a Europa e vice-versa, com aproximadamente 1,8 milh�o de pessoas por m�s que viajam por esta rota, sendo a maioria � lazer. E a TAP � l�der nesse mercado e fundamental para atender a essa demanda", disse.
O fundador da brasileira Azul prop�s desembolso m�nimo de 354 milh�es de euros, especialmente para refor�ar o caixa da companhia. Nesse valor, a compra das a��es vai consumir pequena parcela: 10 milh�es de euros. O outro concorrente era Germ�n Efromovich, controlador da Avianca.
A escolha da proposta de Neeleman foi confirmada durante reuni�o da c�pula do governo portugu�s nesta quinta-feira. O conselho de ministros usou tr�s principais aspectos para a escolha do vencedor: refor�o de capital, projeto estrat�gico e valor da transa��o. Com a opera��o, o cons�rcio liderado pelo empres�rio ter� 61% da TAP. Al�m de Neeleman, o empres�rio portugu�s Humberto Pedrosa, ligado ao grupo Barraqueiro, faz parte do cons�rcio.
A TAP acumulou d�vidas milion�rias nos �ltimos anos, o que diminuiu substancialmente o capital da empresa. Por isso, o cons�rcio vencedor prop�e injetar no curto prazo cerca de 340 milh�es de euros na empresa. "O capital ser� aportado de diversas formas, mas tudo ser� feito em dinheiro", disse o secret�rio de Transportes do governo portugu�s e respons�vel pelo processo de privatiza��o, S�rgio Monteiro. "A oferta vencedora apresenta mais dinheiro e mais cedo para fazer face aos desafios de tesouraria. Esse valor de capitaliza��o est� assegurado", disse Monteiro.
Como a grande despesa ser� na capitaliza��o, o valor que ingressar� no caixa do governo portugu�s com a venda das a��es ser� de 10 milh�es de euros ou 2,84% do valor global da oferta. "O valor � reduzido, mas � importante. � um valor positivo e n�o negativo", disse Monteiro, ao comentar que avalia��es mostravam que, mesmo com o refor�o de capital exigido na licita��o, a TAP teria valor econ�mico negativo entre 36 milh�es de euros e 140 milh�es de euros.
A oferta do cons�rcio vencedor prev� ainda que, conforme o resultado financeiro da a�rea em 2015, o total a ser desembolsado por Neeleman e os demais acionistas pode ser maior. No limite, esse montante poderia chegar 488 milh�es de euros, sendo que a parcela destinada ao governo poderia alcan�ar at� 140 milh�es de euros.
Monteiro n�o detalhou a proposta derrotada do controlador da Avianca. A imprensa local, por�m, afirma que a proposta de Efromovich previa pouco mais de 250 milh�es de euros em dinheiro para o capital da companhia e o restante da capitaliza��o da TAP seria feita indiretamente atrav�s da compra de novos avi�es. Efromovich propunha 50 avi�es novos e o cons�rcio vencedor promete 53 novas aeronaves. (Com Ag�ncia Estado)