Bras�lia, 11 - O volume de opera��es com cart�o de cr�dito em 2014 cresceu 11%, para R$ 593 bilh�es, informou o Banco Central, nesta quinta-feira, 11, por meio do Relat�rio de Vigil�ncia do Sistema de Pagamentos Brasileiro, que cont�m as estat�sticas de varejo e de cart�es de 2014. A alta, por�m, vai em linha com o verificado nas demais linhas de financiamento brasileiro: um esfriamento, j� que em 2013 o aumento do uso do dinheiro de pl�stico na fun��o de cr�dito havia sido de 15% sobre o ano anterior. Essa desacelera��o tamb�m foi vista no segmento de d�bito, que movimentou R$ 348 bilh�es no ano passado. A alta de 19% tamb�m foi mais baixa do que a de 2013, de 23%.
O crescimento do n�mero de transa��es com cart�o de d�bito se manteve est�vel em 2014, com 15% em compara��o ao ano anterior, o equivalente a 5,6 bilh�es de transa��es - o aumento nas opera��es com cart�o de cr�dito foi de 7%, ou 5,4 bilh�es. O juro do rotativo do cart�o de cr�dito, de acordo com o pr�prio BC, ficou em 347,5% ao ano em abril.
O relat�rio divulgado pelo BC destaca tamb�m o "avan�o" na seguran�a no Sistema de Pagamentos Brasileiro. O total de transa��es com cart�es de cr�dito capturadas via chip foi de 77% do total em 2014. J� o dos pagamentos que utilizaram tarja magn�tica reduziu de 14% em 2013 para 5%. J� as transa��es via internet equivaleram a 17%.
Para efeito de compara��o, o BC informou que a soma do valor das transa��es com cart�es de d�bito e cr�dito no ano passado foram equivalentes a 14% dos saques efetuados nas institui��es financeiras. Para chegar a esse dado, os t�cnicos do BC consideraram apenas as compras em parcela �nica. O uso do cheque, ainda segundo a institui��o, permanece em queda, com redu��o no volume de transa��es de 10% em 2014, principalmente para transa��es de baixo valor, aumentando o valor m�dio do cheque que, atualmente, � de aproximadamente R$ 2.400 reais.
As opera��es com cart�o de d�bito no Brasil devem superar as opera��es com cart�o de cr�dito � vista. Essa tend�ncia foi constatada pelo BC no relat�rio. De acordo com o documento, o aumento das opera��es com cart�o de d�bito, em 2014, foi praticamente igual � taxa m�dia de crescimento verificada nos �ltimos seis anos. Por outro lado, o aumento verificado nas opera��es com cart�o de cr�dito foi inferior, consolidando a tend�ncia, observada nos �ltimos anos, de que as opera��es com cart�o de d�bito superem as opera��es com cart�o de cr�dito � vista.
Para o BC, a utiliza��o do cart�o de d�bito � "socialmente" mais eficiente nos casos em que o usu�rio n�o necessita de cr�dito para financiar suas compras. A justificativa � de que as opera��es com d�bitos s�o mais baratas, tanto da �tica do usu�rio (estabelecimentos comerciais e consumidores), j� que a taxa de desconto e o prazo de recebimento s�o menores, quanto do prestador, pois o custo com gerenciamento de riscos � menor que nas opera��es com cart�o de cr�dito.
Fidelidade
Apesar do fim da fidelidade entre credenciadoras de cart�es e as bandeiras, a concentra��o no mercado cresceu. Segundo pesquisa do BC o �ndice de concentra��o dos dois maiores credenciadores aumentou 88% em 2013 para 90% no ano passado. Quando se observa os quatro maiores, passou de 77% para 81%. A despeito desse movimento, as taxas de desconto praticamente n�o se alteraram. O BC explicou ainda que parte desse movimento de concentra��o ocorreu com a migra��o dessa atividade no arranjo Hipercard para a Rede. No segmento de emiss�o de cart�es de d�bito, no entanto, registrou-se queda de um ponto porcentual, para 81%.