Pesquisa nacional da Federa��o do Com�rcio do Estado do Rio de Janeiro (Fecom�rcio-RJ) e Instituto Ipsos feita com 1,2 mil consumidores, em 72 munic�pios brasileiros, mostra que a inten��o de gasto m�dio com presentes e comemora��es no Dia dos Namorados, amanh�, subiu 5% em compara��o ao ano passado, com t�quete m�dio de R$ 155,69. A inten��o de compras se revelou est�vel, em torno de 34%. O levantamento divulgado hoje foi feito entre os dias 15 e 28 de maio.
O gerente de Economia da Fecom�rcio-RJ, Christian Travassos, avaliou que "no atual cen�rio hesitante da economia", com o consumidor seletivo e o desemprego avan�ando nas principais cidades, “o Dia dos Namorados vem bem a calhar”. A estimativa � que a data movimentar� em torno de R$ 7,7 bilh�es no com�rcio brasileiro.
A pesquisa revela que roupas lideram a prefer�ncia dos consumidores, com alta de seis pontos percentuais em rela��o a 2014. Travassos destacou que h� maior ades�o dos namorados a programas como ir ao teatro ou ao cinema, jantar fora ou mesmo viajar. Essas alternativas representavam 5% das op��es no ano passado, e agora superam 16%. Um em cada tr�s brasileiros pretende presentear ou fazer alguma comemora��o nesse dia 12 de junho.
“A nossa leitura � que no ano passado as comemora��es da data ficaram comprometidas em fun��o de o Dia dos Namorados ter coincidido com a abertura da Copa do Mundo de Futebol”, disse o gerente. Apesar disso, destacou que o crescimento de 5% no t�quete m�dio deve ser considerado, “porque est� todo mundo segurando (os gastos)”. Ele afirmou que para o com�rcio, a disposi��o de comprar um presente ou ir a um restaurante ou teatro s�o atitudes importantes para aquecer a atividade. “Nesse cen�rio de dificuldades na economia, � importante o com�rcio contar com as datas comemorativas”.
O gerente de economia da Fecom�cio-RJ considera que as datas comemorativas ajudam o empres�rio do com�rcio a amenizar os efeitos da desacelera��o da economia e podem ajudar a fidelizar o cliente, que est� mais seletivo. Nesse momento, isso � importante, disse, levando em conta que o consumo das fam�lias apresentou uma primeira queda em 12 anos, de acordo com o �ltimo resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
“Como ele (consumidor) tem segurado o consumo, pode tamb�m se permitir, em uma data comemorativa, ter um momento de lazer com seu parceiro ou parceira. Existe essa margem. Nem tudo � negativo nesse momento”. O consumidor, sustentou, est� preocupado em manter o seu poder de compra.
Na avalia��o do presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gon�alves, a expectativa � que as vendas para o Dia dos Namorados na capital fluminense tenham um crescimento modesto, em torno de 1,5%, este ano.
O n�mero considera o “momento econ�mico muito dif�cil no pa�s, que est� impactando negativamente o com�rcio, com uma infla��o de quase 8,5%, que corr�i o sal�rio do trabalhador, diminui o poder de compra. Al�m disso, os juros est�o muito altos e o cr�dito � escasso, o desemprego est� aumentando e h� um clima de desconfian�a e de incerteza, tudo isso impactando de forma negativa o com�rcio”.
A expans�o de 1,5% leva em conta o fato de a data ser a terceira mais importante para o com�rcio brasileiro, depois do Natal e do Dia das M�es, empatando com a P�scoa.