Demiss�es j� atingem 9% dos metal�rgicos

S�o Paulo, 13 - De janeiro at� agora, 9% dos metal�rgicos da Grande S�o Paulo perderam o emprego. Foram cerca de 30 mil demiss�es, de uma base composta at� ent�o por 335 mil trabalhadores. Boa parte desse contingente � de funcion�rios de autope�as e fabricantes de m�quinas

"No ano passado, no mesmo per�odo, foram mais ou menos 4 mil demiss�es, mas a maioria era reposi��o; j� este ano s�o cortes e n�o h� contrata��es", diz o presidente do Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo e da For�a Sindical, Miguel Torres.

Durante toda a semana, a For�a Sindical promoveu manifesta��es em diversos bairros da capital paulista em protesto contra as demiss�es ocorridas entre os metal�rgicos nas cidades de S�o Paulo, Mogi-Gua�u, Po�, Guararema, Biritiba-Mirim, Guarulhos, Osasco, Santo Andr� e S�o Caetano do Sul. "Daqui pra frente, qualquer demiss�o que ocorrer vamos parar a f�brica", diz Torres.

Segundo ele, h� alternativas ao corte, como f�rias coletivas e lay-off (suspens�o tempor�ria dos contratos de trabalho). Ele admite, por�m, que o quadro econ�mico � complicado e lamenta que o Banco Central tenha sinalizado que os juros v�o continuar subindo, o que pode retrair ainda mais a economia.

Montadoras.

Novo grupo de montadoras anunciou paradas em raz�o da queda das vendas. No Rio de Janeiro, MAN Latin America, Nissan e PSA Peugeot Citro�n anunciaram f�rias coletivas e lay-off.

Segundo o diretor do Sindicato dos Metal�rgicos do Sul Fluminense, Bartholomeu Citeli, a fabricante de caminh�es MAN encerrou o segundo turno de trabalho na f�brica de Resende e colocar� 600 funcion�rios em lay-off. Os cerca de 800 trabalhadores do primeiro turno v�o continuar operando com jornada e sal�rios reduzidos em 10%.

Na PSA, em Porto Real, entre 700 e 800 funcion�rios ficar�o em casa por tr�s semanas a partir de segunda-feira. Na Nissan, inaugurada no ano passado tamb�m em Resende, a produ��o de autom�veis ser� interrompida entre 24 de junho e 12 de julho, com a dispensa de cerca de 1 mil a 1,2 mil trabalhadores. Neste ano, at� maio, as montadoras eliminaram 6,3 mil postos de trabalho.

A forte crise pela qual passa a ind�stria automotiva afeta tamb�m o segmento de autope�as. No primeiro quadrimestre, o n�vel de emprego no setor recuou 10,61% em rela��o a igual per�odo do ano passado. S� em abril, a queda foi de 11,72% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado, segundo dados do Sindicato Nacional da Ind�stria de Componentes para Ve�culos Automotores (Sindipe�as). As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.